segunda-feira, 11 de maio de 2015

O modelo econômico esquerdista esgotou. Pior para os brasileiros

Por que o Brasil parou de crescer?


Indústria é um dos setores que puxaram o PIB para baixo no primeiro semestre
Agora é oficial: o Brasil parou de crescer. É verdade que a desaceleração não ocorreu de repente. Nos últimos três anos ( omissão criminosa da mídia apetralhada), o PIB teve uma expansão tímida de 2,7%, 1% e 2,5%, respectivamente, menor do que na década de 2000 e 2010, quando, mesmo com duas crises financeiras internacionais, o crescimento médio foi de 3,7% ao ano.
Mas foi o anúncio do IBGE de que a economia brasileira teve uma retração de 0,2% no primeiro trimestre e 0,6% no segundo que parece ter feito até o governo admitir que o país chegou em uma encruzilhada.
Segundo analistas "do mercado" os mesmos revisaram suas expectativas de expansão do PIB para este ano pela 15ª vez consecutiva - para 0,48%.
A questão é que se há consenso de que temos um problema, quais as causas então? erros evidentes na condução da politica  é evidente.

Contexto internacional

"Vivemos um período muito diferente daquele em que a economia mundial crescia 4,4% e todos comiam o mamão com açúcar da globalização", resumiu, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente da Vale, Murillo Ferreira.
Em 2010, ano em que o país cresceu 7,5%, a expansão da economia internacional foi de 5,2%. Já em 2014, o país cresceu 0,2 % segundo a ONU. Em 2013, o crescimento foi de 2,3%.
Essa mudança de contexto afetaria desde o nível das exportações, até a atração de investimentos e expectativas dos investidores domésticos.
O país também estaria sofrendo os efeitos da desaceleração da China e da queda no preço das commodities no mercado internacional.
"Mas também é preciso considerar os limites dessa influência do cenário externo", opina Alessandra Ribeiro, economista da consultoria Tendências.
"Mesmo com um cenário desfavorável, outros países conseguiram crescer muito mais que o Brasil, por exemplo."
De 2011 a 2014, o PIB dos países latino-americanos cresceram 3,1% ao ano em média. A média da Aliança do Pacífico - Colômbia, Peru, Chile e México - foi de 4,6%, e a dos emergentes, de mais de 5%.
Já o Brasil cresceu a um ritmo de 2% ao ano.

"expectativas negativas" que estariam achatando os investimentos.

O governo, porém, tem dado a entender que esse "pessimismo" seria politicamente motivado enquanto consultorias econômicas e analistas do mercado o atribuem às incertezas ligadas à condução da política econômica.
Pensar que os empresários deixariam de investir para "atrapalhar" o governo é ridículo como argumento usado por petistas.
Os empresários e investidores querem retorno: vão investir sempre que calcularem que podem obter lucro com isso. Imagina se iriam arriscar seus ganhos por questões políticas ou ideológicas
A questão é entender por que essas expectativas estão tão negativas. Por que os empresários não estão investindo? E aí a resposta estará provavelmente ligada às incertezas provocadas pela péssima condução da política econômica

O PT e aliados abandonaram o "tripé" que sustentou o Plano Real

O termo refere-se à política que combina metas fiscais, metas de inflação e câmbio flutuante - adotada para garantir a estabilidade da economia no final dos anos 90, quando o sistema de câmbio fixo ruiu.
A lógica é que, com a flexibilização dessa política, a inflação corroeria a renda das famílias e os empresários hesitariam em investir.
Durante este governo petista, anunciou-se a transição para a chamada "nova matriz econômica", que combinaria juros baixos, taxa de câmbio "competitiva" e uma "consolidação fiscal amigável ao investimento e ao crescimento", nas palavras do secretário de Política Econômica da Fazenda, Márcio Holland.
Segundo economistas ortodoxos, o fato de o Banco Central (BC) ter sido obrigado a voltar a elevar os juros seria uma prova do fracasso da "nova matriz".
Metas fiscais, deste governo vem sendo burladas através da chamada "contabilidade criativa" - manobras contábeis que fariam parecer que se estaria economizando recursos, quando na realidade isso não ocorreria.
Exemplo: o tesouro ( nossos impostos ) faz repasses ao BNDES, que empresta para estatais, que pagam dividendos ao governo. Os dividendos entram como receita, mas os repasses não são contabilizados como despesas.
Além do represamento  de preços administrados, como energia e combustíveis, para segurar o índice.
Isso tem criado uma série de desequilíbrios", A Petrobras, por exemplo, deve ter sua capacidade de investimento afetada por não poder repassar a alta de seus custos aos consumidores."

Desgaste do modelo

Nos tempos do Moisés de Garanhuns, o país teria crescido em função do aquecimento do seu mercado interno e medidas de estímulo ao consumo, mas teria faltado empenho para a ampliação dos investimentos. O resultado seria o desgaste desse "modelo de crescimento baseado em consumo".
De fato. Nos últimos três anos o nível dos investimentos na economia brasileira caiu do patamar dos 19,5% do PIB - já considerado baixo - para cerca de 17%.
Os esquerdistas do Planalto achava que, ao estimular o consumo, os investimentos viriam naturalmente e não foi o que ocorreu",  "O resultado foi uma inflação de demanda, por falta de produtos."
O problemas é que as medidas de estímulo deveriam ter sido interrompidas uma vez que a economia começou a se recuperar", O governo deveria focar no superavit fiscal a partir de 2010, as taxas de juros e a inflação seriam hoje menores e o Brasil estaria crescendo mais."
O maior problema não seria o que o governo fez nos últimos anos, mas o que deixou de fazer.
A ideia é que a única forma de garantir o crescimento do PIB no médio e longo prazo teria sido reduzir os problemas estruturais que afetam a competitividade das empresas brasileiras - como a complexa burocracia e sistema tributário do país, as deficiências de infra-estrutura e a escassez de mão de obra qualificada.
Temos problemas de logística graves, um sistema tributário intrincado e uma legislação trabalhista anacrônica", diz Helio Zylberstein, economista da USP.
"Sem resolver questões como essas será difícil fazer avanços na produtividade das empresas brasileiras - o que é essencial para retomarmos o crescimento".
A esquerda tupinambá ao adiar as reformas e investimentos para amenizar esses problemas, o Brasil pode abandonar o sonho de ser um país desenvolvido.
"Não dá para querer ser desenvolvido crescendo 3% em ano em que a economia vai bem", 
"Precisamos passar para o patamar dos 5%, 6% de crescimento, ou mais - e sem desatar esses nós estruturais isso nunca vai ocorrer."
                                    Poucos se interessam por programas sérios uma pena.
                                                                      

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