Brasil é 3º país do mundo com mais medidas de
conteúdo local
O
Brasil é o terceiro país do mundo que mais adota medidas de exigência de
conteúdo local, com 17 ações desse tipo entre 2009 e 2013, segundo estudo da
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Consequências de proteções a empresas locais
"Economias
que impõem exigências de conteúdo local experimentam uma queda nas exportações
de setores não afetados pelas medidas e uma crescente concentração da atividade
doméstica em poucos setores selecionados, prejudicando o crescimento potencial
e a inovação em uma escala mais ampla", diz o estudo da OCDE.
Segundo
a organização, o impacto líquido quantificável de uma pequena parte desse tipo
de medidas (8% do total) é de uma perda para a economia global de 5 bilhões de
dólares, ou 0,07% do PIB mundial.
No
caso do Brasil, são seis medidas que restringem o acesso de produtos importados
ao mercado local, cinco que estabelecem preferência de preço para a produção
doméstica em compras governamentais ( que são pagos pelos nossos impostos), três que fornecem fundos e/ou empréstimos
governamentais ( nossos impostos) para itens locais e três que oferecem créditos ou isenções
tributárias.
A
ECONOMIA FECHADA DO BRASIL
A economia fechada do Brasil, precisa
mudar e amadurecer. o “Brasil é uma jaula”, apesar de
bonito. As consequências dessa, economia fechada são
aquelas mesmas que vemos todos os dias.
§
§ Preços
absurdamente altos sem justificativa.
§ Baixa
qualidade de produtos os quais somos forçados a aceitar.
Dentre o destaque para os
produtos caros e de baixa qualidade são exemplos os automóveis, o transporte
aéreo e os serviços de telefonia e TV paga. Os preços desses são absurdamente
superiores aos outros países. O serviço turístico também sofre deste mal. Antes
de ser um problema para o turista, é um problema para os 190 milhões de
brasileiros.
Quais as raizes
Essa
economia fechada foi associada ao caos gerado pela necessidade de rápida
industrialização do país no pós segunda guerra mundial. Na briga para evitar a
entrada de bens importados de baixíssimo preço vindo dos países já
industrializados, a política brasileira decidiu fechar o mercado, importando
maquinário para industrialização e sobretaxando bens. Também se fez pouco pelos
portos, estradas e aeroportos do país.
Nos
anos 70 ocorreu o pico da industrialização, aparecendo muitas fábricas de
automóveis, têxteis e de aviões. Foi o famoso milagre econômico. Infelizmente
olhando apenas para essas áreas os serviços básicos foram esquecidos. O governo
então decidiu investir em empresas para competir com as grandes de fora, como
Siemens, Bell Labs, Alcatel, IBM e ITT. Este projeto do governo é o que podemos chamar de extravagante pois estas de fora do país já eram muito bem estruturadas e para
chegar ao nível competitivo delas era preciso fazer o impossível. O sonho
acabou no final de 82 e o país voltou a trabalhar com as áreas dos quais tinha
vantagem, mas o protecionismo se manteve. Ai começaram os altos valores desses
itens que já comentamos, motivado pelo alto valor do dinheiro. Foi então que a
indústria brasileira forte, entre elas as mineradoras, papel e celulose,
petro-química, construção e energia, decidiram investir fora do país e não aqui
dentro, comprando várias empresas similares nos países vizinhos sul americanos
e brigando forte em economias européias e norte americanas.
As razões que nos fazem regredir.
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