segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Para os nossos primitivos , a cebola é a causa da inflação


                                                                                                                                 Com eleitores primitivos compreender abstrações como tamanho do Estado e República é quase impossível.                           


A inflação brasileira vem do câmbio e não dos preços da chamada economia concorrencial, onde o mercado está deprimido, com pouca gente comprando. Só estão subindo os preços administrados, como o da gasolina e o das tarifas públicas, onde está embutida a desvalorização cambial”.
É evidente que o atual surto inflacionário tem a sua origem aparente na desvalorização cambial e no abuso praticado pelas empresas monopolistas. Mas qual é a verdadeira causa da inflação, que se esconde por traz desses fenômenos aparentes? O Estado e o seu tamanho, a sua voracidade fiscal, a sua irresponsabilidade em administrar a inserção do País no fluxo internacional de mercadorias e de capitais. É o Estado o único responsável pela elevação dos preços, que poderá virar o exercício de 2015 já na faixa dos dois dígitos.
A taxa de câmbio está pressionada exclusivamente porque o governo brasileiro permitiu que a sua economia ficasse vulnerável aos humores dos investidores internacionais. Se não entrarem aproximadamente US$ 20 bilhões de dólares em capital de risco ainda neste ano, poderemos ter aqui uma desvalorização maior e mais rápida da taxa de câmbio.  Infelizmente, o governo petista escolheu o caminho de captar mais e mais recursos, de tal sorte a deixar o sistema econômico brasileiro absolutamente dependente da vontade e dos preconceitos dos investidores internacionais.
A outra causa da inflação, os tais preços administrados, têm sido elevados sobretudo por razões fiscais, a Petrobrás, por exemplo, antes de produzir petróleo é ela própria uma formidável máquina arrecadadora, seja para o governo federal, seja para os governos estaduais. Há um pacto de silêncio sobre o assunto na imprensa, pois toda a classe política se acumplicia para apoiar a política anti-povo do monstrengo Petrossoauro. A cada aumento dos preços de combustíveis, mais impostos são arrecadados. Essa política é tão imoral e contra o povo, que mesmo os burocratas daquela empresa admitem que itens básicos, como o gás de cozinha, têm seus preços acima do mercado internacional. Quando se sabe que o salário mínimo está em R$ 800,00 e que o botijão na porta da casa está na faixa de R$ 54,00, vê-se o tamanho da supertributação sobre os pobres, via preços “administrados”, ou seja, gravados com a supertributação.
O mesmo vale para os demais preços, como os serviços de água e esgotos, energia elétrica e telefonia.
 A questão central é discutir o Estado dogma pétreo do povo cigarra, as suas funções e o seu tamanho. Ir à verdadeira raiz do problema é fazer uma verdadeira reforma do Estado, que o reduza a uma dimensão compatível com o sistema econômico de livre mercado e prepare a economia para conquistar os mercados internacionais. O consumidor estrangeiro não compra impostos embutidos nos preços.
Um raciocínio desses, todavia, não poderia ser prognosticado por um quadro do PT. É contra as crenças da maior parte de seus militantes. com o PT no poder a tendência é o Estado crescer ainda mais.
                                                                                

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