quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Afinal de contas o que é ser de " DIREITA"

                                                                    



Pesquisa Datafolha publicada recentemente mostra que a maior parte dos brasileiros é de direita sem saber claro O resultado da enquete é importante no contexto atual ao mostrar que definitivamente a direita mostra finalmente a sua cara . Durante anos, as pessoas tinham vergonha em dizer que eram de direita devido à demonização que as esquerdas promoveram do termo na mídia e nas escolas. É comum professores associar “esquerda” à justiça e à bondade, enquanto “direita” a pessoas gananciosas, que obtém lucro por meio de exploração dos mais pobres. Este tipo de “definição” é fruto da lavagem cerebral marxista que nossos estudantes sofrem nas escolas por docentes que não agem como profissionais do ensino, mas como militantes de partidos socialistas ao demonizar, por exemplo, o capitalismo, exaltar o socialismo (comunismo), elogiar Cuba e idolatrar Che Guevara. É claro que se definirmos “esquerda” como o monopólio das virtudes e “direita” como a demonização do ser humano, todo mundo vai se considerar de esquerda. Acontece que, de um tempo para cá, os clichês, os jargões e a desonestidade intelectual começaram a cair.
O pilar central para distinguir a direita da esquerda é o papel que o Estado deve exercer sobre a sociedade. Enquanto a esquerda acredita que a redução da pobreza e a representatividade dos direitos de cada um ocorrem pela maior participação do Estado na vida social, a direita a qual me filio intelectualmente, ao contrário, defende a redução estatal como forma de tirar pessoas da pobreza, respeitando a liberdade individual dentro das regras estabelecidas pela sociedade.

Para a esquerda, o Estado deveria ser forte o suficiente para organizar a sociedade na esfera política, cultural, social e econômica em busca de uma igualdade entre os indivíduos. Em tese, o Estado deveria ditar os valores de uma nação e corrigir as injustiças econômicas, extraindo riqueza dos mais afortunados e distribuindo para os mais pobres. Para as esquerdas mais moderadas, essa distribuição se daria, por exemplo, pela cobrança de altos impostos dos mais ricos e distribuição da renda para os mais pobres. Já para a extrema esquerda, a violência estatal contra seus indivíduos seria um instrumento legítimo tanto na expropriação de riqueza do cidadão, como para qualquer um que se opusesse ao regime.
A premissa óbvia para sustentar este argumento é que as pessoas pertencentes ao Estado deveriam ser mais sábias e mais bondosas (“anjos” nas palavras do economista, prêmio Nobel, Milton Friedman) do que todos os outros indivíduos na condução da construção da sociedade ideal. A princípio, para o bom funcionamento do regime é imprescindível que os membros pertencentes ao Estado ajam em nome do coletivo e nunca na busca de seus próprios interesses. Além disso, pressupõe-se que os seres humanos aceitem trocar sua liberdade individual em nome do benefício coletivo – afinal de contas para esquerda o homem é o “bom selvagem de Rousseau” e a sociedade que o corrompe. Não é toa que geralmente as esquerdas tratam, em maior ou menor grau, o bandido como uma vítima da sociedade, extraindo toda a sua responsabilidade individual (a escolha) no ato criminoso.
Já a direita, ao contrário, acredita na natureza egoísta do ser humano e entende que a concentração de poderes na mão do Estado aumentaria ainda mais a pobreza e as injustiças dado que o homem utilizaria o poder estatal em busca da resolução dos seus próprios interesses.que foi o que o PT e seus aliados fizeram simples assim O livro a “Revolução dos Bichos” retrata isso muito bem, mostrando que aqueles que antes lutavam contra a exploração dos mais ricos, ao tomarem o poder, utilizam a máquina estatal ao seu favor e se distanciam dos mais pobres (qualquer semelhança com a realidade atual do Brasil é mera coincidência…). Já na vida real, Cuba é um ótimo exemplo: enquanto Fidel Castro desfruta de um patrimônio bilionário, a sociedade civil vive na pobreza e sem liberdade para acessar a internet, viajar para fora do país ou criticar o governo.
Diante disso, a direita defende a minimização do poder estatal sobre o cidadão e o livre mercado como forma de redução da pobreza, diminuição da corrupção e garantia dos direitos individuais (liberdade). Para a direita, a meritocracia é essencial para tirarem pessoas da miséria, uma vez que a premiação do mérito incentiva o ser humano a produzir riquezas para si, mas que consequentemente geram benefícios para toda a sociedade. Steve Jobs ficou milionário vendendo Apples, pensando primeiramente em satisfazer seus objetivos, mas em consequência favoreceu milhares de pessoas direta e indiretamente pela venda de seus produtos e geração de empregos. O mesmo raciocínio vale para indústrias farmacêuticas, as quais só irão produzir medicamentos para câncer, HIV, diabetes, etc… se tiverem um incentivo chamado lucro. Ao buscarem o lucro, pela produção em massa de seus produtos, favorecem milhares de pessoas portadoras dessas doenças, além de gerarem milhares de empregos que se multiplicam por diversos setores. Nesse sentido, a meritocracia é essencial, inclusive para distribuição de renda, – afinal de contas não dá para distribuir aquilo que não existe. O monumental romance “A Revolta de Atlas” mostra de forma muita clara como a destruição da meritocracia ( pratica comum nesta lugar quer em empresas privadas e dentro do estado) e redução das liberdades individuais produzem apenas injustiça e pobreza para toda a sociedade.
É evidente que a direita reconhece que o mundo não é perfeito e que ainda tem muita gente na miséria, mas entende que a melhor forma de tirar pessoas da pobreza é incentivando uma economia de mercado. Coincidentemente a humanidade sempre foi muito pobre até a Revolução Industrial, mas a partir do advento do modo de produção capitalista, milhares de pessoas têm saído da pobreza justamente naqueles países onde há mais capitalismo. Já os regimes socialistas, ao contrário, produziram miséria e mais de 100 milhões de morte pelo mundo (por exemplo, URSS, China, Cuba).
Uma mentira recorrente é dizer que a pessoa de direita só busca seus interesses e não se sensibiliza com os mais pobres. Mesmo entendendo que o melhor programa social é a geração de empregos pela economia de mercado, a direita defende em alguns casos  ajudas assistencialista por meio do Estado. Não é preciso dizer que o desenho do programa bolsa família foi feito por um economista de direita, Ricardo Paes de Barros. Já o uso político do programa para ganhar votos foi utilizado por um partido de esquerda bem conhecido no Brasil…
Outro erro comum é colocar no mesmo saco “direita” e “extrema direita” como se fossem sinônimos. Ora, existe uma diferença de essência entre as duas: enquanto a direita busca liberdade pela redução da participação do Estado na sociedade, a extrema direita, é contra a liberdade individual e defende um  Estado totalitário para organização da sociedade ou seja irmão siamês dos campos a esquerda. Assim, tanto a esquerda como a extrema esquerda e a extrema direita têm um ponto em comum: a maior participação do Estado na vida do indivíduo. A primeira dentro dos limites da democracia, enquanto a extrema esquerda e extrema direita pela utilização da força. Já a direita, ao contrário das demais quer a minimização da participação do Estado na sociedade como forma de reduzir a corrupção, garantir liberdade e promover desenvolvimento econômico.
Chamar uma pessoa de direita de fascista é no mínimo uma ignorância intelectual.
                                                                   

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