O frenesi intervencionista das esquerdas quando
chegam ao poder.
O
ano de 2014 ( alguns dados remontam a 2012 ou seja o ovo da serpente já vinha sendo chocado)certamente já tem seu lugar garantido na história econômica
brasileira: foi o ano em que o governo mais
exacerbou suas intervenções na economia.
Sim,
é verdade que a economia brasileira da década de 1980 e da primeira metade da
década de 1990, com seus congelamentos
de preços, monopólios estatais e hiperinflação, era muito mais estatizada e bem
menos livre que a atual. Porém, mesmo naquela época, havia uma
tendência de adoção de medidas de
desestatização. Se, de um lado, o governo congelava preços e hiperinflacionava a moeda, de outro, ele reduzia
tarifas de importação, extinguia reservas de mercado e privatizava estatais
deficitárias. Se o governo se intrometia demais em alguns campos, em
outros ele dava sinais de que iria se retirar.
Em
2014, já havia notícias ruins, porém omitidas
principalmente pelos tele jornais. E neste últimos 13 anos de petismo, o estado se agigantou
em todos os setores da economia.
Vamos as maldades petistas? 1) aumento sanguinário das
tarifas de importação e do IPI para automóveis estrangeiros, fazendo com que
seu a carga tributária total sobre eles chegue a soviéticos 340%; 2) da imposição
de quotas para a importação de
automóveis do México, 3) da proibição de demissões por
parte das montadoras, e finalmente 4) da ideia ainda
não descartada de que o governo iria supervisionar os balancetes das
montadoras, estipulando um teto para suas margens de lucro.
Qual
foi a consequência de tamanho protecionismo e
intervencionismo no setor automotivo? Com a palavra, a própria beneficiada: "a
ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) calcula uma queda de 1,5% na produção neste ano ante 2014. Esta será a
primeira queda na produção desde 2002."
Ou
seja, ocorreu exatamente o oposto do
intencionado pelo governo, que era aumentar a produção e o emprego.
Com
efeito, o mesmo fenômeno pôde ser observado em todo o setor industrial.
Incontáveis medidas intervencionistas e
protecionistas foram colocadas em prática, como os
seguidos recordes de apreensão de bagagens em aeroportos, o aumento do
PIS/COFINS sobre produtos importados, os sucessivos recordes de arrecadação com
o imposto de importação contra 'o importado barato', ( merece uma CPI)os desembolsos recordes do BNDES para as
grandes empresas, a exigência de uma enorme fatia de conteúdo nacional para as
produções industriais de todos os tipos, a proteção explícita aos setores
têxtil, de calçados, de brinquedos, de artefatos de madeira, de palha, de
cortiça, de vime e material trançado e transformados de plástico, além do aumento da taxa de importação sobre lâmpadas e sapatos chineses, pneus,
batata, tijolos, vidros, vários tipos de máquinas, reatores para lâmpadas ou
tubos de descarga, vagões de carga, disjuntores, cordas e cabos, móveis,
triciclos, patinetes, bonecos, trens elétricos, quebra-cabeças, produtos
lácteos (leite integral, leite parcialmente desnatado e queijo muçarela) e
pêssegos (sério!).
Pela
lógica dos intervencionistas dos esquerdistas, tamanha desvalorização cambial em conjunto com
toda aquela cornucópia de medidas protecionistas deveria ter colocado a indústria em estado de
extrema pujança. E o que houve? Tanto aprodução industrial quanto
o emprego na indústria caíram em
relação ao ano passado.
Óbvio:
desvalorizar a moeda e encarecer importações serve apenas para reduzir o poder de compra da população, que agora terá de gastar
mais dinheiro com produtos de menor qualidade, e conseqüentemente terá menos
dinheiro para gastar em outros bens e serviços. Isso é um ataque
direto ao padrão de vida. Uma população com menos poder de compra não ativa indústria nenhuma.
O
que vimos em 2014 foi mais um exemplo da arrogância
fatal de burocratas e planejadores
que juram saber exatamente como os indivíduos irão reagir em decorrência de
suas intervenções no mercado.
Para eles, empreendedores e consumidores padecem do condicionamento clássico do
cão de Pavlov: estão sempre prontos a
agir estritamente de acordo com estímulos recebidos do governo. Porém,
quando o plano dá errado e tudo sai exatamente ao contrário do planejado, em
vez de humildemente reconhecerem o erro e reverterem suas intervenções, eles
simplesmente dizem, com toda a arrogância, que o que fizeram foi certo mas
insuficiente, de modo que mais estímulos
se fazem necessários.
Curiosamente,
nas últimas recessões brasileiras, em
2003 e em 2009, o governo não saiu baixando pacotes e nem recorreu a
medidas intervencionistas mais proeminentes. Em 2003, ele seguiu a
cartilha clássica: elevou juros e congelou os gastos. Adicionalmente, não tentou controlar preços e nem
privilegiar nenhuma indústria. Também não
recorreu ao protecionismo. Por
não ter atrapalhado e nem ter gerado incertezas, a economia se recuperou em um
ano. Em 2009, embora tenha havido um pouco mais intervenção do que em
2003, o governo não interveio no câmbio e nem recorreu a políticas
protecionistas. Principalmente, ele permitiu que preços e salários se
ajustassem para baixo. Isso, novamente, permitiu uma rápida recuperação.
O
atual governo Dilma, o qual reinstituiu a figura do czar da economia — Joaquim
Levy é, ao mesmo tempo, Ministro da
Fazenda, presidente do Banco Central, ministro do Planejamento e ministro do
Desenvolvimento — já é, sem rivais, o mais intervencionista desde a criação
do real. Ela conseguiu a façanha de fazer seu antecessor parecer um
moderado.
E
não há muitos indícios de que isso será revertido no curto prazo. Uma das
possíveis próximas tragédias desse intervencionismo já está se desenhando no
setor elétrico. Aguardemos.
A estagnação econômica
A
principal debilidade da economia
brasileira é que ela não se baseia em poupança e nem em investimento, mas sim
no fomento ao consumismo puro e simples. Para a cabeça iluminada de
um esquerdista,
se você estourar o seu cartão de crédito e depois pedir empréstimo no banco
para cobrir o rombo em sua fatura e voltar a consumir ainda mais, você está
estimulando a economia.
Todo
o modelo de crescimento se baseia na
expansão do crédito. E tal modelo possui óbvias limitações. A
mais visível delas é o aumento do
endividamento. Se o governo estimula
as pessoas a se endividarem para consumir, não é de se espantar que cheguemos a
um momento em que tanto o nível de endividamento quanto os gastos das famílias
com o serviço de suas dívidas (pagar juros e amortização) seja intolerável.
De acordo com as últimas estatísticas, o
endividamento das famílias é de quase 45% da renda nacional, e os gastos das
famílias para cumprirem o serviço de suas dívidas é de 22,5% de sua renda.
Em
um cenário destes, resta óbvio que adicionais estímulos ao consumo não apenas
são ineficazes em termos de crescimento econômico, como também são extremamente
perigosos.
E
esse endividamento explica boa parte da atual estagnação econômica.
Explicando a mecânica da estagnação
Para
entender a estagnação petista, é necessário analisar o que está acontecendo com
aquela variável que representa a metade de toda e qualquer transação econômica:
o dinheiro. Dado que o dinheiro é
o elo entre todas as atividades econômicas, qualquer alteração na quantidade de
dinheiro — e, principalmente, na taxa de crescimento da quantidade de
dinheiro — irá inevitavelmente provocar movimentos
generalizados em uma economia. Todo e qualquer ciclo econômico é causado
por variações na quantidade de dinheiro na economia.ou seja inflação não é
aumento d epreços mais decorrência do desequilíbrio entre oferta e procura
provocada pelo aumento de dinheiros nas mãos dos consumidores via crédito.
Portanto,
para entender os ciclos de expansão e recessão de uma economia, para entender
por que há períodos de crescimento econômico seguidos de períodos de
estagnação/recessão, é necessário estudarmos as variações no meio geral de
troca, que é o dinheiro.
No atual sistema monetário e
bancário, o Banco Central controla a base monetária do país. Porém, a
quantidade de dinheiro produzida pelo Banco Central é insignificante se
comparada à quantidade de dinheiro eletrônico que o sistema bancário cria por
meio da expansão do crédito através de seu sistema de reservas
fracionadas. Sempre que uma empresa ou um indivíduo qualquer vão a um
banco e pedem um empréstimo, o banco cria do nada dinheiro eletrônico na
conta-corrente deste tomador de empréstimo. O dinheiro não foi retirado
de nenhuma outra conta. Ele simplesmente foi criado ex nihilo.
O bancário apertou algumas teclas no computador e dígitos eletrônicos surgiram
na conta-corrente do mutuário. É assim que o dinheiro entra na economia
no sistema monetário atual e é assim que a quantidade de dinheiro em uma
economia aumenta. Entendido isso, papel-moeda em posse de indivíduos e empresas,
mais o total de dinheiro eletrônico em
conta-corrente, em poupança, em depósitos a prazo e em outros depósitos no
sistema bancário.
Desde
quando os brazucas se endividam? E suas crenças malucas.
No
Brasil, desde 2009, os indivíduos
intensificaram seu endividamento poder consumir, na crença de que a expansão do crédito continuaria farta e que sua
renda futura continuaria aumentando, o que facilitaria a quitação destas
dívidas. Já as empresas embarcaram
em investimentos de longo prazo levadas tanto pela redução artificial dos juros
criada pela expansão monetária do Banco Central (o que fez com que os
investimentos se tornassem mais financeiramente viáveis) quanto pela
expectativa de que o aumento futuro da renda possibilitaria o consumo dos
produtos criados pelos seus investimentos.
No
entanto, tão logo o endividamento foi
aumentando, a demanda por mais empréstimos foi se arrefecendo e o modelo de
expansão do crédito foi se esgotando. Consequentemente, a taxa de crescimento da quantidade de
dinheiro na economia brasileira começou a desacelerar. Isso fez com
que os projetos das empresas, das indústrias e dos indivíduos se comprovassem irrealizáveis. No
caso dos indivíduos, esta redução na
taxa de crescimento da oferta monetária fez com que suas rendas não aumentassem
como haviam previsto ainda no ápice do boom econômico, o que tornou suas
dívidas difíceis de serem quitadas. No caso das empresas, tal redução
faz com que suas receitas futuras não fossem as previstas (vide o caso das
indústrias e, mais recentemente, da Gol e
de empresas do setor imobiliário), ao mesmo
tempo em que seus custos (com mão-de-obra e bens de capital) seguiram crescendo em
decorrência da inflação passada.
Vale
ressaltar que não são reduções forçadas
nos juros que irão resolver esse problema. Reduções nos
juros estimulam consumismo, mas não estimulam mais poupança, que é justamente
do que endividados necessitam.
Caso
não haja reversão da tendência acima, o ano de 2015 promete dificuldades.
O maior problema do Brasil para o longo prazo
Enquanto
a imprensa apetralhada se ocupa em
alardear os previsíveis e desimportantes números do PIB (para entender por que
o PIB nada diz de concreto ver aqui, aqui, aqui e aqui), fatores realmente importantes e decisivos estão sendo
ignorados.
Por
exemplo, a destruição do poder de compra
da moeda em conjunto com as proibitivas tarifas de importação. Temos
hoje uma moeda continuamente
inflacionada e desvalorizada em relação às outras moedas, o que encarece sobremaneira as importações de bens de capital e bens de consumo. Além de a
unidade monetária comprar cada vez menos, o governo ainda impõe tarifas de importação para
encarecer ainda mais as compras do exterior.
Ou seja, ao mesmo tempo em que encarece as coisas aqui dentro, o governo proíbe
a população de comprar barato do
exterior.
Observe
agora que a produtividade dos
trabalhadores brasileiros não apenas está em queda livre, como é a única que
vem caindo década após década.
Um
trabalhador brasileiro médio tem apenas 20% da produtividade de um americano. No ano de 1980 (atenção, ano;
e não década), ele tinha 30% da produtividade. (Deve-se levar em conta que toda a década de 1970 foi de estagflação
para os EUA, sendo aquela a sua década perdida; daí o salto brasileiro
observado entre 1970 e 1980. Já em 1990, após a década perdida de 1980
para o Brasil, as coisas voltaram a ser como antes).
Por
que essa queda contínua? porque além de termos uma mão-de-obra pouco instruída, as tarifas
protecionistas impostas pelo governo encareceram ainda mais a importação de
bens de capital, justamente o que poderia aumentar nossa produtividade no curto
prazo.
Com
uma mão-de-obra mal instruída e pouco
produtiva, dificultar o acesso a bens de capital seria a última coisa que
qualquer ser racional defenderia. Mas estamos falando de um povo e suas
lideranças, que operam em outra dimensão de inteligência.
O
padrão de vida de um país é determinado pela
abundância de bens e serviços. Quanto maior a quantidade de bens e
serviços ofertados, e quanto maior a diversidade dessa
oferta, maior será o padrão de vida da população. Por exemplo, quanto
maior a oferta de alimentos, quanto maior a variedade de restaurantes e de
supermercados, de serviços de saúde e de educação, de bens como vestuário,
materiais de construção, eletroeletrônicos e livros, de pontos comerciais, de
shoppings, de cinemas etc., maior tende a ser a qualidade de vida da
população.
No
Brasil, além de a qualidade dos serviços
no geral ser ruim, a quantidade e a variedade de bens de consumo é muito baixa,
pois além de o governo dificultar ao máximo as
importações, nossa desvalorizada moeda não tem poder de compra em relação às
principais moedas do mundo.
E não bastasse a pouca oferta e a pequena variedade de bens e serviços, o
acesso a eles é caro, justamente
porque o governo destrói continuamente o poder de compra da moeda.
Resumo
de um país que tem uma elite medíocre,um povo cujas crenças são estúpidas e
meios de comunicação que não orientam para a civilização, mais para assegurar o
domínio permanente do país por eles próprios
Isso
sim será definitivo para o futuro do país — e não o acréscimo de meros dígitos
artificiais ao PIB.
Os brasileiros de hoje não sabem o que é o inferno chamado INFLAÇÃO, portanto deveriam se preocupar.
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