Não há outro meio de mudar o Brasil que não seja
ampliando o conhecimento. E isso só pode se dar pelo estudo, pela leitura
atenta e a reflexão.
O PT conseguiu turbinar este câncer chamado patrimonialismo no
Brasil.
O conceito de patrimonialismo é encontrado em Max
Weber no tipo de dominação tradicional. Grosso modo significa a confusão entre
as esferas pública e privada, enquanto o tipo dominação racional legal
estabelece a separação entre essas duas esferas e aí se tem o Estado moderno,
tipificado pelo império da lei e da impessoalidade.
O PT conseguiu turbinar o patrimoniaslismo brasileiro
a um ponto que não tem paralelo na história da República e o resultado foi este
que se está vendo, um desastre total com a falência do Brasil
O conceito de patrimonialismo, que consiste na
utilização do Estado como instrumento de enriquecimento. Ele é tão velho quanto
a história do Brasil. Há momentos na história republicana em que esse senso de
patrimonialismo fica evidente. Um deles foi no governo Sarney. Mas o PT
realmente piorou as coisas em relação aos períodos anteriores, porque tornou a
corrupção sistêmica. Elaborou uma espécie de grande proposta estratégica de
garantir a roubalheira continuada utilizando para isso as empresas e os bancos
estatais. Nunca se viu algo tão sistemático. Fernando Collor foi posto na rua
porque Paulo César Farias tinha uma certa ideia de engenharia da corrupção, mas
era ladrão de galinha comparado com o que o PT fez.
Nos dez anos antes de
chegar ao poder, o PT já tinha aparelhado o segundo escalão de ministérios da
área social, como Saúde e Educação. Depois foi só colocar a colocar a culpa e
sistematizar a coisa, porque já estava feito o trabalho de penetração. Eu digo
que com o PT houve o seguinte fenômeno: a engenharia da corrupção conseguiu
realizar a corrupção da engenharia. As grandes empresas que faziam obras de
vulto para o Estado todas entraram no beco da corrupção com o PT.
E qual o papel dos empresários brasileiros na consecução deste assalto ao país
Explica-se as razões pelas
quais os mega empresários brasileiros estabeleceram essa parceria nefasta com o
governo do PT. Tanto é que não querem largar esse esquema nem a pau. Quem
garantiu o PT no poder até hoje foram os mega empresários, banqueiros e
capitães de indústrias principalmente estes avessos a livre concorrência. Não é à toa que a indústria brasileira
seja um sucatão dependente da importação de máquinas, insumos, equipamentos,
tecnologia e até mesmo de ferramentas de gestão. Empresário brasileiro não cria
uma agulha, nada, pois vive de mamar nas tetas do Estado. Por isso 100%
dos pequenos e médios empresários são visceralmente contra o PT.
Há uma proposta hegemônica no PT, aliada a um
populismo que desmancha as instituições. Lula se encarregou de desprestigiar
todas as instituições republicanas, começando pelo Executivo, que ficou cheio
de podridão. O Legislativo, com o mensalão e o petrolão, tentou-se comprar. E o
Judiciário foi aparelhado. Havia marxistas-leninistas no meio pensando a coisa.
É o caso de José Dirceu. O PT tinha na cúpula um elemento estratégico que
pensava uma perpetuação hegemônica do poder, de tipo gramsciano, e buscava
garantir o financiamento disso. Foi um momento de potencialização dessa
tendência privatista do poder econômico através do Estado para garantir uma
hegemonia partidária em direção a um modelo totalitário, não há dúvida. O
desaguadouro disso é a Venezuela. O modelo venezuelano é um modelo já mais
avançado.
E fica a pergunta qual é a carta que o PT e os
bolivarianos compraram? O pensamento de Chávez, o líder dos bolivarianos, qual
era? Chegar ao poder utilizando o voto e as estruturas existentes. A proposta
da revolução cultural gramsciana é esta. Visto que a revolução do proletariado
no modelo clássico leninista sai muito cara e é muito pouco realizável devido à
conjuntura internacional, é muito mais prático tomar por dentro. Como? Fazendo
cair os valores da chamada sociedade burguesa. Então atacam a família, atacam a
religião e tomam conta do sistema de ensino para rebaixá-lo. Paralelamente
aparelham o Estado para financiar o partido no poder, que era a ideia de
Gramsci. O "novo príncipe" de Gramsci era o partido hegemônico. O que
o PT queria é isso.
E o papel das oposições onde fica nisso? Ah a
oposição formal brasileira não entendeu direito o espírito da coisa. Querem um
exemplo os cardeais tucanos voaram todos em bando para Nova York no dia em que Dilma
foi eleita, esta no DNA deles a covardia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário