quinta-feira, 23 de julho de 2015

Principal do dogma do brasileiro: O mito do governo grátis


Dogma do brasileiro: o Mito do Governo grátis 

Esta é a razão da alta carga tributária, os juros e o tamanho do governo Temos uma política econômica de idade média, o Raul Seixas gênio tinha razão a solução é alugar o Brasil. Trata-se na verdade de uma denúncia que ele fez sobre a fábula da preguiça. Ele critica a preguiça do brasileiro de querer alugar os ativos e viver de renda em vez de trabalhar. O Brasil, ainda é o país da agiotagem.

Raramente o brasileiro tem a dimensão do custo financeiro da rolagem da dívida interna brasileira. Éla é da ordem dos R$ 250 bilhões por ano. Para se ter ideia, R$ 25 bilhões foi o que foi gasto em quase todo o programa da Copa do Mundo nas 12 Capitais, incluindo projetos de mobilidade urbana. Ou seja, a cada 1º de janeiro, o Brasil paga a determinados grupos detentores de títulos públicos ( fundo de renda fixa) 10 vezes o que investiu em uma Copa do Mundo.. É uma patologia que está no centro do declínio da economia brasileira. Além de debilitar as finanças públicas, a mais alta taxa de juro do mundo provoca escassez crônica de crédito.

Essa escassez de crédito atual foi, de certo modo, contemporizada em um período recente pela graças a expansão de crédito das administrações Lula e Dilma, mas ainda muito concentrada no crédito pessoal e de consumo e, agora, habitacional. Portanto, com possibilidades limitadas de continuar se expandido indefinidamente.


Aumentar o juro para segurar a inflação é uma tolice econômica praticada por muitos economistas,  É um equívoco monumental no Brasil é totalmente desavisado segurar a inflação, que é um fenômeno relacionado ao excesso de demanda( crédito) sobre a oferta, contendo a demanda privada. O excesso de demanda vem de um ente completamente insensível à taxa de juro: o setor público. É este que está praticando o excesso de demanda, não o setor privado. A melhor maneira de se controlar a inflação no Brasil é estabelecer uma meta de contenção do gasto público corrente.

Não significa diminuir nem reduzir. É questão de controle e contenção. O que não temos no setor público brasileiro é medida. Apesar de existir os orçamentos públicos, os governos do Brasil gastam o que bem entendem. O governo federal só não gasta mais porque instituições externas nos vigiam.. 

E fica obrigando o cidadão a tomar um remédio amargo para controlar a inflação que é a taxa de juro. O declínio da economia brasileira está encomendado, quer na administração petista, quer fosse tucana uma espécie de PT que sabe colocar os talheres na mesa. É preciso se dar conta que o excesso está no setor público, mas quem está tomando o remédio é o setor privado.

Este ano a despesa pública está crescendo mais de três vezes o crescimento do PIB real. Se pegarmos a média de quatro anos do governo Dilma, que é de cerca de 2%, percebemos que a despesa pública corrente cresceu em média 6%. Isso é absolutamente descontrolado. Não há justificativa para o setor público gastar duas ou três vezes a nossa capacidade de financiá-lo através d eimpostos. Só isso teria de dar impeachment. Isso fere o princípio da razoabilidade e da eficiência que estão na Constituição.

O PSDB apesar de pertencer as hostes da esquerda brasileira,entra nesse contexto com o mérito de ter realizado o Plano Real. Conseguiu quebrar o ciclo hiperinflacionário que infelizmente o PT esta trazendo de volta gradativamente,, mas errou ao criar um novo ciclo, o da hipertributação. Trocamos um tipo de financiamento inflacionário por outro de financiamento supertributário, só isso. Quando houve a instalação do Plano Real, o governo esquerdista do PSDB preferiu produzir mais gastos em vez de reduzir despesas, sem se preocupar em verificar o impacto dessa escalada tributária. Foi um erro, porque a escalada tributária não traz efeitos imediatos. É como o tabagismo: tem profundas reações negativas no organismo mas apenas quando utilizada durante muito tempo e de forma perene. E foi o que aconteceu nos últimos 20 anos. O governo se preocupou mais e mais em arrecadar para pagar as despesas e preservar o dito superávit primário.


Claro que precisamos ter uma preocupação com o superávit primário. Inclusive porque precisamos ter uma política de diminuir a necessidade de termos um superávit primário. Essa é a crítica que deve-se fazer os setores mais esclarecidos do Brasil algo raro, ao PSDB e à imprensa brasileira que fica reproduzindo esse mantra sem se preocupar quanto isso de fato significa, de onde surgiu esse compromisso em pagar juros e de que forma esse compromisso aumenta ou diminui. E nós, os manés, os pagadores de impostos, vamos ficar até quando financiando esses gastos estéreis, que não constroem nada? Gasto assistencial também é estéril, mas é justo, porque quem mais necessita precisa receber algo de volta, uma espécie de imposto de renda negativo. Aliás, essa ideia nasceu com o professor Milton Friedman que a esquerda caviar considera um demônio, não saiu da da cabeça do Lula. Os petistas, no final de contas, não passam de liberais arrependidos.


Vamos a algumas perguntas?


Bolsa família, então, foi um acerto? Devem perguntar os amigos 
Foi. Mas, convenhamos, não há novidade nenhuma nesse programa. Antes era o bolsa-escola e antes ainda o imposto de renda negativo estudado na Escola de Economia de Chicago ultra liberal o que prova que não somos desumanos. Na realidade, trata-se de uma justiça fiscal praticada com simetria. A uma dada renda razoável presume-se que o sujeito não deve nem pagar imposto de renda e tampouco receber benefício. Acima da renda básica existiria gradualmente uma linha de contribuição e, abaixo daquela linha, em vez de você pagar, você recebe. Faz todo sentido. Mas, claro, é preciso políticas públicas para garantir que as pessoas que recebem o benefício possam evoluir de renda. Mas o inacreditável é quando a presidente Dilma bate no peito para dizer que tem 50 milhões de pessoas envolvidas direta ou indiretamente com o Bolsa Família. Vivemos no país dos assistidos? É o governo peixaria, que vive dando peixe para todo mundo em vez de entregar a vara de pescar.



É isso que quer dizer  Governo Grátis, dogma tão cultuado por brasileiro de todas as classes sociais?
É que o brasileiro por ser um povo infantilizado envereda para o ilusionismo político. Uma sociedade que está poluída pelo mais potente processo de assistencialismo. É cheque para todo mundo. É promessa de vantagem para todo mundo. Sem que ninguém pergunte de onde vem essa bondade toda. E mais, que recursos financiam essa bondade toda?

Diminuir impostos para alguns segmentos da economia foi errado? 
O governo petista mente ao dizer que está desonerando alguém, quando no coletivo está onerando a todos. A situação é maliciosa, porque, além de usar palavras equivocadas, o governo usa de um direito que não tem de sacrificar mais determinados grupos – que ele não se identifica – às custas de quem ele desonera. Como ele pode desonerar quem quer que seja, enquanto eu e os amigos continuamos onerados? Se matematicamente o conjunto está sendo onerado, é porque alguém está pagando. Há um crime fiscal a ser apurado, e eu não estou falando figurativamente.

A economia brasileira perdeu mais com a política de controle artificial de preços dos combustíveis do que se a Petrobras tivesse feito os reajustes devidos nos momentos certos.

É obvio que um reajuste, seja de combustível, seja de energia, tem de caber no orçamento do povo brasileiro, que já vive esculachado. O bom senso indica que é preciso ter uma conversa franca e séria com o público e dar transparência às datas de reajuste, que devem ser graduais. E, daqui para frente, é necessário que a Petrobras tenha uma regra clara para reajuste de preços. O que o PT e seus sócios no poder não entendem, é que a Petrobrás não é uma empresa pública, é uma empresa do público. Se não for encarada assim, a transformamos em uma repartição pública da pior qualidade.


Privatizar a Petrobras é uma opção? A Petrobras já é tecnicamente privada, só falta colocar os pingos nos is. Nós, brasileiros, apesar de não termos sido informados, somos credores da União. Todo mês, quando o trabalhador faz o depósito de 8% ao INSS, se torna credor. Esse valor deveria estar rendendo juro básico e, se o governo quisesse pegar emprestado desta conta previdenciária, deveria pagar juro ao trabalhador. 

Porque não criar um Fundo previdenciário dos trabalhadores.
O conceito de um fundo previdenciário dos trabalhadores é um conjunto de grandes empreendimentos dos quais os trabalhadores poderiam ser participantes. Algum grande porto brasileiro, alguma ferrovia lucrativa, a própria Petrobras e, inclusive, algum investimento fora do país. Não necessariamente em Cuba. Precisamos enriquecer o povo transferindo uma parte do patrimônio que hoje está mal gerido nas mãos diretas do Estado para fundos. Fundos, com “s”, no plural, que produzam uma administração assegurada. Fundos que compitam eficientemente. Isso causaria uma revolução no mercado financeiro brasileiro, que é um dos mais nanicos do mundo, uma bolsa que tem pífia quantidade de ações negociadas.


Algum esquerdista perguntaria e por um acaso a Petrobras seria melhor administrada por esse Fundo previdenciário do que pelo governo?
O povo brasileiro é dono de todos os ativos do Brasil e o Estado, através das corporações partidárias, se apropriou indevidamente da gestão dessas atividades econômicas que deveriam estar separadas por um biombo. Essa é a razão dessa grande mácula moral que é a administração do setor público.

E qual é a importância do papel do contribuinte nesse debate?
 
Que nada mais é do que o pagador de impostos. No inglês é assim: “tax payer”. Contribuinte é uma palavra eufemística para o tipo de extração econômica que o pagador de impostos sofre hoje. Em certa medida, esse contribuinte brasileiro também sofre de um certo coeficiente de preguiça na medida em que não exige a nota fiscal, não verifica a taxa de impostos que pagamos sobre cada produto e serviço que adquire. Tudo isso facilita a vida dos políticos omissos.

Será que só nós temos esta preguiça essa letargia é característica do pagador de impostos brasileiro ou é comum a americanos e europeus?
Todos os pagadores de impostos sofrem de um cansaço de cidadania. O exercício ativo da cidadania é muito exigente. E, às vezes, a percepção do volume imenso de distorções em um país como o nosso, de enormes safadezas e corrupções, pode nos levar a um estado de imobilidade mental.

Quem paga o custo do Estado Babá somos nós, já que não existe governo grátis.
                                                    


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