Priorizar venda de commodities enfraquece economia
brasileira
Não havia dúvidas de que, em algum momento, a economia brasileira iria para o abismo, com seu crescimento puxado pelo
forte consumo ( crédito) do mercado interno.
Alguns indicadores
ainda nos envergonham e mostram que estamos muito distantes do mínimo
necessário para nos considerarmos uma nação em desenvolvimento.
Como exemplo, podemos citar um
quesito fundamental à saúde, que é o saneamento ambiental, cujos indicadores
são alarmantes: aproximadamente 36 milhões de pessoas não têm acesso à água
potável, 56% da população urbana brasileira não têm esgoto coletado etc..
Para universalizar o saneamento no
Brasil seriam necessários investimentos de R$ 296 bilhões até 2025. Ou seja, o
equivalente ao que gastamos com o pagamento de juros da dívida pública em
aproximadamente um ano. Em saúde, educação, ciência e tecnologia a
situação não é diferente. Nesses itens, o país gasta menos de um terço do que
dispende com pagamento de juros e com o custo de carregamento das
reservas.
O Brasil sempre segue o caminho
errado,prioriza a exportação de commodities ( côco)em detrimento das exportações de
bens de maior valor agregado
No que se refere à política
industrial a situação também é extremamente preocupante, pois o atual modelo
econômico nos empurra para uma "primarização" da economia. O fato é
que o Brasil está priorizando a exportação de commodities em detrimento das
vendas de bens de maior valor agregado.
Falta de competitividade
A título de ilustração, desde o
século 19 o Brasil é o maior produtor mundial e exportador de grãos de café, só tem um problema o maior exportador de café industrializado é a Alemanha, que não possui um
pé de café. Cerca de 75% da soja produzida no país é destinada ao mercado
externo, enquanto as exportações de derivados de soja, que possuem maior valor
agregado, caem ano a ano.
Cabe lembrar que não existe nenhum
país desenvolvido que seja basicamente exportador de commodities, mas existem
países ricos e desenvolvidos que são fornecedores de máquinas e equipamentos
para a industrialização de produtos primários.
O minério de ferro, que é o insumo
utilizado para produzir aço, é um dos principais itens da nossa pauta de
exportações. Por outro lado, a balança comercial dos setores que possuem o aço
como principal matéria-prima (automóveis, máquinas, equipamentos etc.) é
totalmente deficitária. No caso específico do setor de máquinas e equipamentos,
o deficit acumulado de 2004 a 2014 é superior a US$ 60 bilhões.
Existem estudos bem fundamentados, que o Brasil é que não é competitivo. A falta de incentivo
aos investimentos, o câmbio atual, a taxa de juros mais alta do mundo, o custo
Brasil, a alta carga tributária e a ineficiência em nossa infraestrutura impõem
à indústria brasileira de transformação uma perda de competitividade que pode
vir a resultar na extinção de uma indústria que produz bens de alto valor
agregado e conteúdo tecnológico, e que é responsável pela geração de milhões de
empregos que exigem qualificação e que, portanto, pagam melhores salários.
Lula e Dilma com o apoio de setores incultos do país destruíram o Plano Real
Nenhum comentário:
Postar um comentário