domingo, 26 de julho de 2015

O Brasil é um país que caminha para trás.mais uma patacoada.

Brasil relembra reserva de mercado ao não aderir a acordo de isenção de eletrônicos da OMC

Na prática, o novo ITA permitirá que países eliminem tarifas de importação e exportação de mais ou menos 200 produtos eletrônicos. A lista de produtos final que terão isenção não foi divulgada, mas podemos esperar tablets, smartphones, laptops, videogame, GPS e até máquinas de ressonância magnética. Somados, esses produtos movimentam mais de US$ 1 trilhão por ano. Ao cortar essas tarifas de importação, os produtos tendem a chegar mais baratos para os consumidores dos 80 países que toparam assinar o acordo. A gente não sabe quanto mais barato. Nas palavras do presidente da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo, trata-se de “um acordo gigantesco”.
A notícia é ruim para os brasileiros por que o país escolheu não participar do acordo, provavelmente graças a união de empresários medíocres com a visão petista de economia para dentro. Além do Brasil,estão fora do acordo países como o México, o Irã, a Argentina, a Bolívia, grande parte da África e alguns asiáticos. Quem ficou fora do acordo responde a ínfimos 3% do comércio global de eletrônicos, é uma minoria absoluta.

Mas por que o Brasil ficou de fora? A resposta mais clara veio do Humberto Barbato um típico representante da mentalidade tupinambá nacional, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (a Abinee) em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo vejam porque somos uma economia primitiva: “se isso acontecesse (o Brasil entrar no acordo), praticamente não teríamos mais indústria de eletroeletrônicos no país”. A posição ecoa uma postura já antiga da maneira como a política industrial de tecnologia do Brasil é conduzida. Existe um protecionismo à indústria brasileira e não é de hoje. Quem tem mais de 30 anos deve se lembrar da Política Nacional de Informática. A partir de 1984, o governo brasileiro fechou as portas para empresas estrangeiras esperando que se desenvolvesse um ecossistema nacional de tecnologia. Das mais de 50 empresas fundadas na época, quantas ainda operam hoje? Menos de cinco . Outro problema: essas empresas produziam máquinas que eram piores e mais caras que as estrangeiras. Pouca gente do setor de tecnologia e eletroeletrônicos tem saudade da reserva de mercado.
Fica-se com a forte impressão que esse protecionismo não protege nada. Vamos considerar todas as empresas de tecnologia do Brasil, principalmente as que fazem hardware. Todas estão mal das pernas. Todas. Semp Toshiba, Gradiente e Positivo, entre outras, já viveram dias muito mais dourados, principalmente há dez anos quando a Medida Provisória 252, popularmente conhecida como “MP do Bem”, isentou PCs de impostos e dizimou o mercado cinza de computadores. Abaixo está a trajetória da Positivo nos últimos nove anos na bolsa. Quando vieram smartphones e tablets, com ou sem protecionismo, a receita de todas despencou. A maior parte das vezes que elas aparecem no noticiário é quando tem uma nova crise ou estão tentando se recuperar.
Enquanto EUA, China e outros países têm fábricas de semicondutores há décadas, o BR ainda engatinha no processo. O Ceitec, no Rio Grande do Sul, começou há dois anos a fabricar uma tecnologia, a RFID, inventada na década de 70 isso porque esta gente se acha européia imagina se não fossem. São etiquetas eletrônicas para rastrear bois no pasto ou produtos dentro de um centro de distribuição. Não tem a menor comparação.
A conclusão é que o Brasil vai continuar sem produzir eletrônicos e tecnologias que despertem desejo e os consumidores vão ter que continuar enfiando a mão no bolso para pagar taxas de importação que chegam a 72% do valor do produto.O Brasil continua seu destino que é caminhar para trás.
                                             As causas um Estado e um funcionalismo público despreparado
                                                                                                   

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