Os amigos sabem o que é “neoliberalismo”? Nem eu. Nunca vi, só ouvi falar.
E, segundo nossos colegas da esquerda caviar, esse grande fantasma que passou mais
longe do Brasil do que Plutão da Terra é o responsável por todos os males que
assolam nosso país. Pode perguntar a (quase) qualquer professor de história!
Salários baixos? Culpa do tal “neoliberalismo”. Muita desigualdade?
“Neoliberalismo”, claro. Favelas, violência, desemprego? Pode colocar tudo na
conta do “neoliberalismo”. É assim que os professores “ensinam” seus alunos,
desde cedo. É esse também o discurso do PSOL, do PT e das esquerdas em geral.
Mas que raio de “neoliberalismo” é esse, ? Bem, se por
“neoliberalismo” se entende uma economia capitalista de livre mercado,
austeridade fiscal (ó céus, que horror!), império das leis isonômicas
(igualmente válida para todos), abertura comercial e respeito aos
contratos e à propriedade privada, então podemos afirmar sem receios que o
Brasil é tudo, menos “neoliberal”.
Na verdade, segundo o Índice de Liberdade Econômica que o Heritage Foundation calcula todo ano, para eles os brasileiros são todos socialistas! Isso mesmo: nossa liberdade econômica é quase inexistente, uma das
menores do mundo! E como tudo que é ruim pode sempre piorar, eis que nossa
posição no ranking de 2015 caiu ainda mais!
Estávamos no 114o lugar em 2014, e este ano passamos para o ainda mais vergonhoso 118olugar no ranking. Estamos competindo com países como
Honduras, Mali, Nigéria e Paquistão! Mas um otimista poderia apontar, justiça
seja feita, que estamos melhores do que o Quênia, o Egito, Moçambique e a
Índia. E também damos goleada na Venezuela, que colou em Cuba e Coreia do Norte
na rabeira do ranking, para honrar os países comunistas.
O Brasil, sob o governo Dilma, vem asfixiando cada vez mais as
liberdades básicas da sociedade. Os gastos com nossos impostos crescentes e
descontrolados, as intervenções estatais nos investimentos e na economia em
geral, e a corrupção escancarada fazem com que o Brasil perca posições a cada
nova avaliação.
Temos governo demais, mercado de menos. Não temos regras claras do jogo,
válidas igualmente para todos, e sim muitos privilégios distribuídos
arbitrariamente pelo governo. Somos uma das economias mais fechadas do mundo.
Possuímos uma das maiores cargas tributárias do planeta, além da mais complexa
de todas. A burocracia é asfixiante. As leis trabalhistas são engessadas,
rígidas. O governo se mete em tudo por aqui, controlando meticulosamente nossas
vidas e as trocas no mercado.
No topo do ranking temos Hong Kong, Cingapura, Nova Zelândia, Austrália
e Suíça. Esses, sim, poderiam ser “acusados” de “neoliberais”. Não por acaso
são desenvolvidos, ricos, com elevada renda per capita. Mas nossos
“intelectuais” de esquerda preferem condenar no discurso o capitalismo e o livre mercado
por todos os males do mundo, aplaudindo sempre as intervenções estatais e fazendo alianças com o que de mais cancerígeno para uma econômia que são os caiapós empresários patrimonialistas brasileiros que buscam no estado proteção contra a concorrência e
atacando o capitalismo.
Se continuarmos assim, quando formos tão “livres” quanto a
Venezuela a nossa esquerda ainda estará culpando o tal “neoliberalismo” por
nossas desgraças, que certamente serão muito maiores
O sonho do caiapó engravatado brasileiro e seus sócios da esquerda caviar, é a manutenção do capitalismo de estado, que na verdade é o grande problema.
Os germes fiscais que matam a economia do país
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