segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

A inflação bolivariana petista



A inflação brasileira é dividida em preços livres e administrados. Livres são aqueles regulados pelo próprio mercado, como os ligados aos produtos de alimentação, por exemplo. Estes têm um peso próximo de 75% no PIB. Já os preços administrados, como gasolina, energia, água e esgoto, transporte público, etc., têm peso próximo de 25%. Esse peso de preços administrados é grande, segundo vários economistas, especialmente quando o governo exerce tanto controle sobre determinados produtos, como ocorreu em 2014  preço da gasolina, energia elétrica,etc.
Quando um partido através de seus lideres, seguram preços administrados, quais são as consequências;  À primeira vista, esse controle parece benéfico. Contudo, a redução drástica do preço de alguns produtos, como aconteceu com a energia elétrica, cria uma bola de neve que irá estourar no futuro, pois cria dívidas que serão pagas pelo povo. No caso, tudo indica essa bola estourará em 2015. Como diz Nathan Blanche, um dos mais respeitados economistas do país, basta comparar com uma empresa. “Se uma empresa começar a vender produtos abaixo do preço de custo ela quebra. Governo não quebra, pois emite moeda e dívidas, que o povo irá pagar no futuro como ele escolheu esta agenda está na cara que é ele mesmo que pagará a fatura
O fator Banco Central
As ações do BC, em grande parte, contrárias às previsões do mercado, provocam seu descrédito junto aos empresários e investidores.Um dos problemas da inflação alta é que ela aumenta a incerteza de longo prazo e dificulta a obtenção de financiamento em condições adequadas
E a falta de confiança faz, consequentemente, com que a taxa de investimentos seja menor. Isto é, sem investimentos, sem melhorias. Em comparação com outros países da América Latina, por exemplo, o Brasil está muito abaixo quando o assunto são investimentos. Em 2014, a taxa de investimentos foi de aproximadamente 18% do PIB. Em contrapartida, o mundo investiu 24,5%, os países emergentes 32,2% e a América Latina 21,3%. Países como Chile (24%), Colômbia (24,2%), México (22,2%) e Peru (27,6%), têm níveis bastante superiores aos brasileiros.a justificativa dos petistas caem por terra ao atribuir ao baixo crescimento nacional a crise internacional.
Existe também outro obstáculo a serem superado,também a dificuldade do país em recuperar o nível de crescimento é devido aos seus problemas estruturais.  o fato de o país ter passado toda a década de 1990 sem investir em infraestrutura provocou os graves problemas, que acabam gerando problemas de confiança. Ou seja, melhorias na infraestrutura ajudariam a aumentar os investimentos
Alguns dados incompatíveis com uma nação que se pretende fazer parte do clube nas nações prósperas.
Caso bolivariano 1
Um exemplo das dificuldades que o país apresenta pode ser visto no relatório Doing Business 2014, publicado pelo Banco Mundial. O relatório colocou o Brasil na 116ª posição, num ranking com 189 países, de acordo com a facilidade para fazer negócios de cada um. O Brasil ficou abaixo da média da América Latina e Caribe, que pontuou na 100ª posição, e bem abaixo de países latino-americanos, como Chile (34ª), Colômbia (43ª) e México (53ª). O país também ficou atrás de Rússia (92ª) e China (96ª) — dos Brics, somente a Índia ficou atrás do Brasil, na 134ª posição.
Caso bolivariano 2
Doing Business também mostra que o tempo para se abrir uma empresa no Brasil é quase três vezes maior do que na América Latina e Caribe e quase dez vezes maior do que nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Além disso, o tempo gasto com pagamentos de impostos é sete vezes maior aqui que na América Latina e Caribe e quase 15 vezes em comparação aos países da OCDE. O tempo gasto no Brasil é de 2.600 horas por ano, enquanto que na América Latina e Caribe são gastos 369 horas.
Caso bolivariano 3
A alta tributação o fato de termos uma baixíssima taxa de poupança (12,7%), o que influencia nos investimentos. “Por que a nossa poupança é tão baixa? Porque a tributação no México é de 23%, na Colômbia de 28%, no Peru de 21%, no Chile de 24%. Uma média de 24,4%. No Brasil é 37,7% isso mesmo 37,7%. A média do PIB per capita nesses países é de 13,7% e no Brasil é de 11,7%. Ou seja, não sobra nem para as empresas nem para os indivíduos a capacidade de poupar. Sabe de quanto é a participação no PIB da previdência na China? 2%. No Brasil, 12%”.
Caso bolivariano e o mais perverso.
O alto protecionismo brasileiro 


E isso tudo resulta no chamado Custo Brasil — um conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas, que encarecem o investimento no Brasil. Esse é também um dos fatores responsáveis que comprometem a competitividade e a eficiência da indústria nacional, dificultando o comércio exterior. Mas não apenas.
A política protecionista do governo — classificada como “nacional-desenvolvimentismo” gera efeitos negativos, já que torna as empresas menos competitivas e eficientes, além de provocar distorções na economia e gastos públicos desnecessários. A título de esclarecimento, temos os seguintes dados: os gastos do governo brasileiro, em relação ao PIB, ficam na casa dos 19%, enquanto os investimentos estão em 1,3%.
O Brasil é muito fechado, o que considera um erro ideológico da presidente Dilma. “Um problema para o Brasil é ser um país fechado. É o nacional-desenvolvimentismo. Ou seja, proteger a indústria e o trabalhador nacionais. Isso tudo é um grito para o atraso. Para se ter uma ideia, o nível de abertura do Brasil é de 21%, enquanto em países como o Peru é de 44%. No Chile é 57%. Na Colômbia é 32%. No México é 63%. O problema da presidente é estar equivocada em sua ideologia”, diz.
Esse protecionismo cria situações como um superávit de US$ 105 bilhões — comercial (2,5 bilhões), minério de ferro (32 bilhões) e agronegócio (74,4 bilhões). Em contrapartida, o restante está no negativo, inclusive a própria indústria que o governo quer proteger. O petróleo, por exemplo, ficou em US$ -23,7 bilhões.

Com exceção do Chile, o resto da América Latina continua renunciando as recomendações do velhinho abaixo, sorte do Chile azar dos outros.

                                                     

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