quarta-feira, 22 de abril de 2015

Voto Distrital já, por um Brasil moderno e civilizado.

Precisamos mudar a forma como a sociedade e a classe política interage. E é justamente isso que faz o voto distrital: conecta o eleitor aos seus representantes.
A adoção do voto distrital implicaria mudanças drásticas na estrutura política do país - e ajudaria a sanar questões como a crise de representatividade do Congresso, ineficiência do governo, os altos custos de campanha e a política baseada na fisiologia, ou no "toma lá da cá".
A mudança só pode ser concretizada por meio de emenda à Constituição, o que exige votação em dois turnos na Câmara e no Senado. 
Fim do efeito Tiririca
Um dos maiores trunfos do voto distrital é acabar com a figura dos puxadores de voto, muito comuns no sistema proporcional modelo vigente no país hoje. Nas eleições de 2014, por exemplo, apenas 38 dos 513 deputados foram eleitos por suas próprias pernas - o restante contou com votos dados a outros políticos ou às suas legendas. "Os partidos melhor estruturados em nível municipal teriam nítidas vantagens sobre os menos organizados — fenômenos como Romário, Tiririca, Russomano, Chalita, Enéas, e tantos outros, teriam impacto muito mais limitado, porque não transfeririam votos para eleger colegas de legenda praticamente desconhecidos", Um exemplo clássico é o do deputado Capitão Augusto (PR-SP), fundador do Partido Militar Brasileiro, ainda não homologado. No pleito do ano passado, ele recebeu apenas 46.905 votos, mas foi eleito puxado por Tiririca, que conseguiu mais de 1 milhão de votos.
História
Salvaguardadas as peculiaridades históricas, o sistema do voto distrital foi usado em dois momentos na história da política brasileira: a primeira na época do Império, e a segunda, na República Velha. O modelo só foi substituído pelo proporcional quando foi criado o primeiro Código Eleitoral brasileiro, em 1932, na era Vargas.

Entenda os modelos de votos  
Distrital puro
Adotado principalmente em países anglo-saxões, como Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá e Austrália, o modelo consiste em dividir o Estado e as cidades em sub-unidades, mais conhecidas como distritos, dependendo do número de eleitores. Os deputados e vereadores de cada distrito são escolhidos por eleições majoritárias, assim como acontece nos pleitos para prefeito, governador e presidente.
Proporcional com lista aberta
Modelo vigente no Brasil, o sistema é fundamentado no coeficiente eleitoral, cujo resultado é apontado pela divisão entre os votos válidos e as cadeiras disponíveis no Parlamento. Assim, ganha a disputa quem recebeu mais votos dentro do partido.
Distrital misto
Conhecido como modelo alemão, por ter se consolidado no país após a II Guerra Mundial, o sistema combina o proporcional com o distrital. Desta forma, o eleitor vota duas vezes: uma no partido e a outra, no candidato de seu distrito. No Brasil, este modelo é encampado pelo PSDB.
"Distritão"
Defendido pelos caciques do PMDB, como o vice-presidente Michel Temer, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o modelo se baseia na eleição majoritária para deputados federais. Ou seja, ganha a eleição quem receber mais voto, independente de quantos votos o partido obteve. A diferença para o distrital é que o espaço circunscrito pelo sistema é o Estado inteiro - por isso, 'distritão'.
Proporcional com lista fechada

Bandeira antiga do PT, a proposta prevê que o voto seja dado ao partido e não ao candidato. A legenda é responsável por listar em ordem os políticos que serão eleitos segundo o quociente eleitoral
                                                                   
                                       Outra excrecência é o voto obrigatório
                                                                

                                                            
                                 
                                                                       

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