O governo petista obrigou bancos
estatais a pagar suas despesas.
Atrasos
em pagamentos feitos pelo governo, o inacreditável é que quando bancos públicos
assumem, nas datas devidas, despesas do Tesouro - sem ter recebido o dinheiro
para tal, isso configura empréstimo, e é vedado pela lei brasileira. ( ou seja uma autoridade federal passa
por cima da lei escrita)
Quem detectou mais
esta barbaridade administrativa, foi o
Tribunal de Contas da União (TCU) que identificou que os bancos públicos arcaram com
as despesas de programas como o Bolsa Família, justamente porque o Tesouro (
relembrando onde estão todos os impostos que pagamos)atrasava os repasses
devidos às instituições.
Dilma e a esquerda
caviar que a apóia diz esta pérola do cinismo “que as 'pedaladas fiscais' não devem ser
investigadas porque sempre existiram.
Vamos esclarecer o Tesouro deixou para pagar uma despesa numa
data posterior àquela em que devia, isso, por si só, não configura crime.
Pagamentos foram postergados até o ano passado como uma forma de melhorar
artificial e temporariamente o resultado primário, que é a economia que o
governo faz anualmente para pagar os juros da dívida. Esse governo federal
acumulou tantos compromissos de gasto, mais de 200 bilhões de reais, que a
expressão "restos a pagar" perdeu o sentido. Deixou de ser uma
exceção e se tornou regra. Isso é má gestão, é política fiscal arcaica. Mas, em
si, não configura crime fiscal. O debate que importa, no entanto, é outro:
algum banco pagou despesas do Tesouro, sem que o Tesouro lhe houvesse repassado
recursos para tal finalidade específica? O Tribunal de Contas da União (TCU)
apurou evidências nesse sentido e aguarda explicações das autoridades
envolvidas. Isso é empréstimo e não pode ocorrer quando o banco pertence ao
governo que ordenou o pagamento.
Uma
pergunta esclarecedora, Por que
um banco não pode pagar as despesas de seu principal acionista? Porque
o dinheiro não é dele, e sim dos depositantes. Os amigos maginem uma situação
como essa numa empresa privada. O banqueiro, ao sair para almoçar, passa pelo
caixa do banco e pega um pouco de dinheiro dos correntistas para consumo
próprio? É claro que não. Isso não pode acontecer em nenhum banco, em nenhum
lugar do mundo. É crime pela Lei do Colarinho Branco. Num banco público, a
situação é mais grave ainda porque há outra lei, a de Responsabilidade Fiscal,
que proíbe expressamente que haja empréstimo do banco federal para a União.
Sobre isso, nem a Advocacia-Geral da União (AGU) discorda. O que ela tem
alegado nos últimos dias é que, ao pagar despesas do Tesouro, os bancos
públicos fizeram 'prestação de serviços'.
Se
aceitarmos este argumento, então , então todos os correntistas de todos os
bancos oficiais poderão pleitear o fim da cobrança de juros no cheque especial.
No dia em que vencerem suas contas, o banco deverá pagá-las mesmo que você não
tenha saldo. Você o ressarcirá lá na frente, mas sem pagar juros, por essa
"prestação de serviço". Alguém acha que isso existe? Que outros
contratos iguais a esse existem no Banco do Brasil ou na Caixa? E, tem uma
questão paralela. Será que nessas estranhas operações foram cobrados e pagos os
impostos que incidem serviços bancários? Os ministros que defendem essa tese da
prestação de serviços deveriam esclarecer esse ponto.
Quando
FHC fez a Lei de Responsabilidade Fiscal a mesma foi elaborada com esse artigo
específico justamente para
evitar a repetição da crise dos bancos estaduais. Nos Estados, era comum essa
prática de empréstimo dos bancos à administração. Jamais se pensava que aquelas
práticas, irresponsáveis tanto do ponto de vista fiscal, como do ponto de vista
bancário, viessem a se repetir no plano federal. O projeto de lei foi elaborado
entre 98 e 99, quando se estava concluindo o processo de reestruturação dos
bancos estaduais, inclusive o programa do PROER, que custou caro, mas teve
resultados reconhecidos até em auditorias realizadas posteriormente no governo
Lula ( herança maldita). Para não repetir erros e custos, se colocou a vedação
geral, de que proprietários não devem se financiar junto a seus bancos. A
proposta foi aprovada pelo Congresso, sem nenhum questionamento na época pela
esquerda caviar..
O
Brasil é bizarro.
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