terça-feira, 16 de junho de 2015

Não existe governo grátis, como sonha o brasileiro

                                   
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O mito do governo grátis” faz uma análise detalhada dos riscos da profusão desenfreada de direitos aos cidadãos sem a devida previsão de receita para cobrir esses investimentos sociais. O título é uma paródia de uma frase famosa do economista americano Milton Friedman, Prêmio Nobel de Economia em 1976: “Não existe almoço grátis”.
O “governo grátis” caracteriza-se por ser um fenômeno político que promete distribuir vantagens e ganhos para todos, sem custos para ninguém. Ou pelo menos sem discriminar claramente quem paga a conta e de que forma. Está na raiz do declínio da economia brasileira e na estagnação do processo produtivo do país. Uma prática que acabou por deixar um rastro de atraso, decadência e injustiça social.
Essa situação ilustra bem a demagogia histórica de nossos políticos e governantes em oferecer a mais ampla gama de benesses com nossos impostos pagando a conta. São bolsas, benefícios, pensões e privilégios, pelo lado social, que se somam a isenções, incentivos, renúncias fiscais, desonerações tributárias e subsídios disto ou daquilo, na esfera tributária. Mas sempre sem um mínimo de preocupação com o verdadeiro rombo nas contas públicas.
Essa é uma receita óbvia para o desastre, turbinada pela notória confusão de impostos, taxas e contribuições que pesam no bolso de todos e em nada ajuda no desenvolvimento do país. Mais do que isso, que mina a confiança de investidores na política econômica do país, resultando em inflação e estagnação. Só para vocês terem uma ideia, uma pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, o IBPT, revelou que, em 26 anos da promulgação da Constituição Federal, já tivemos publicadas nada menos que 320 mil normas tributárias, uma média absurda de 46 a cada dia útil.
Em seu livro, Paulo Rabello de Castro denuncia esse caos, e oferece antídotos e meios de superação desse mito. O economista apresenta dados consistentes e exemplos do mundo inteiro e oferece propostas lúcidas e corajosas para o Brasil se libertar desse mito.
Pois está na hora de apresentar para o debate as propostas públicas de cidadãos atuantes, verdadeiros agentes de cidadania política que formam uma aristocracia de fato, composta pelos melhores da sociedade e não apenas pelos mais ricos ja que acumular patrimônio nem sempre vem acompanhado de cultura refinada. Aqueles que têm a compreensão dos efeitos nocivos de políticas demagógicas e populistas, que têm propostas a fazer, mas que têm se calado nos últimos tempos. É o nosso maior dever de cidadania não calar nesta hora,  como tantas outras minorias e lutar por políticas públicas que contemplem de fato o bem coletivo e não interesses político-eleitorais de ocasião. Afinal, como disse certa vez o historiador britânico Arnold Toynbee, “o maior castigo para quem não gosta de política é ser governado pelos que gostam“.
Os governos ( PT, PSDB, e o resto) sempre contarão com a distração dos brasileiros para achaca-los.
                                                                     

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