quinta-feira, 11 de junho de 2015

As esquerdas caviars conseguiram, perdemos mais uma década.



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A melhor maneira de aferir a saúde de uma moeda é analisando a evolução de sua taxa de câmbio em relação às outras moedas do mundo.
A taxa de câmbio é um preço formado instantaneamente pela interação voluntária de bilhões de agentes econômicos ao redor do mundo.  Se esses bilhões de agentes econômicos acreditam que a inflação de preços no seu país será baixa, sua moeda irá se valorizar.  Se eles acreditam que a inflação está alta ou que ela será alta, sua moeda irá se desvalorizar. 
Sendo assim, a evolução da taxa de câmbio é uma narrativa da evolução do poder de compra atual de sua moeda em relação a todas as outras. 
A conclusão, portanto, é que com a taxa de câmbio não há segredo: se ela está se desvalorizando por muito tempo, então é porque o país está em rota inflacionária.  Se ela está se valorizando com o tempo, então é porque o país está em rota sadia.
Não há mensurador mais confiável e mais acurado do que esse. 
E qual foi o histórico do real durante os quatro anos do governo Dilma e Lula?  De maneira simples e educada, pavoroso.
O real não só apanhou de todas as moedas tradicionais (dólar americano, euro, franco suíço, libra esterlina, dólar australiano, dólar canadense, dólar neozelandês, dólar de Cingapura e renminbi chinês), como também conseguiu apanhar de portentos como o guarani paraguaio, o novo sol peruano, o peso uruguaio, o boliviano, o baht tailandês e o gourde haitiano (inacreditável não?).
Naturalmente, o real também apanhou do peso mexicano, do peso colombiano e do peso chileno.
Como consolo, fomos melhores que o peso argentino e que o rublo russo (mas só na prorrogação).
Nossa moeda está sendo impiedosamente esfacelada em decorrência das políticas monetária e fiscal do governo, perdendo poder de compra em relação até mesmo à moeda do Haiti. 
Em julho de 2011, o dólar custava R$1,54.  Quem ganhava R$ 3.000 naquela época tinha um salário equivalente a US$ 1.948.  Hoje, com o dólar a aproximadamente R$ 3,20, essa mesma pessoa teria de estar ganhando R$ 6.235 (aumento de 108%) apenas para voltar ao valor nominal em dólares de 2011.
Da mesma forma, um salário mínimo em meados de 2011 valia US$ 353. Hoje vale apenas US$ 246.
O povo está sendo enganado venhamos e convenhamos também apreciam serem enganados.
Enquanto isso, economistas desenvolvimentistas mais conhecidos como defensores do Estado baba continuam batendo bumbo para a destruição do poder de compra da moeda e seguem dizendo que o país precisa é de um câmbio ainda mais desvalorizado, pois, segundo eles, o câmbio está "apreciado demais" e isso está "prejudicando a indústria".
Segundo esses magos, a desvalorização do câmbio é o segredo para impulsionar a indústria e o setor exportador brasileiro.  
Tudo indica que eles habitam outra dimensão.  Senão, como explicar o fato de que a desindustrialização no Brasil chegou ao auge, e as exportações caíram, justamente no período em que a moeda mais se desvalorizou?  Eles parecem não perceber — ou fingem ignorar — que a desindustrialização está ocorrendo é justamente agora, quando temos uma moeda fraca, inflação alta, e as maiores tarifas protecionistas do continente. 
Eles também ignoram que o que acaba com a indústria, , é a inflação de preços e de custos, gerada justamente pela desvalorização da moeda.  É a inflação de preços e de custos o que desorganiza todo o planejamento de uma indústria e falsifica toda a sua contabilidade de custos, e não uma (fictícia) taxa de câmbio valorizada.
Uma taxa de câmbio valorizada, aliás, ajuda as indústrias mais competentes.  Qualquer indústria exportadora tem também de importar máquinas e bens de capital de qualidade, além de peças de reposição, para produzir seus bens exportáveis (pergunte isso a qualquer mineradora ou siderúrgica).  Se isso puder ser feito a um custo baixo (permitido por uma moeda forte), tanto melhor.
Uma moeda forte permite que as indústrias comprem bens de capital, máquinas e equipamentos de qualidade a preços baixos.  Isso as deixaria mais produtivas, aumentaria a qualidade dos seus produtos, e faria com que eles fossem mais demandados lá fora.
(Nos primeiros anos do Plano Real, a moeda era muito mais forte do que é hoje, e não houve nenhuma desindustrialização; ao contrário, houve modernização do parque industrial).
Nenhum país que tem moeda fraca e inflação alta produz bens de qualidade que sejam altamente demandados pelo comércio mundial.  Todos os bens de qualidade são produzidos em países com inflação baixa e moeda forte.  Apenas olhe a qualidade dos produtos alemães, suíços, japoneses, americanos, coreanos, canadenses, cingapurianos etc.
Se moeda forte fosse empecilho para a indústria, todos esses países seriam hoje terra arrasada.  No entanto, são nações fortemente exportadoras.  Moeda forte e muita exportação.
A carestia que estamos vivenciando hoje não será resolvida enquanto o real não voltar a se fortalecer.  É impossível ter uma carestia minimamente tolerável se a sua moeda é gerenciada por incompetentes e perde poder de compra até mesmo em relação à moeda do Haiti.
O aviso abaixo não é catastrofismo mais um alerta ao povo cigarra assistam o que diz a Empicurus uma das mais confiáveis agências de análise de ativos do país..
                                                                
                                                                                   

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