terça-feira, 31 de março de 2015

Porque será que o PT que afastar o financiamento privado das eleições?

                                             

O PT chegou ao poder beneficiado pelo modelo mais sujo de financiamento público de campanha. As primeiras prefeituras conquistadas montaram esquemas com empresas de recolhimento de lixo e de transporte coletivo, concedendo-lhes gordos contratos e tarifas, dali retirando sacos pardos recheados de dinheiro público para pagar as campanhas eleitorais do partido. Com Lula no poder, o Mensalão foi criado pelo José Dirceu com verbas oficiais desviadas do fundo de publicidade da Visanet do Banco do Brasil e de um propinoduto nos Correios, BMG e Banco Rural, também alimentados por negociatas com o governo. Se o Mensalão pagou a reeleição de Lula, o Tesouro Nacional pagou a eleição de Dilma, resultado de uma impressionante campanha eleitoral oficial promovida pelo ex-presidente, que deixou uma herança maldita que estamos pagando hoje e pagaremos pelos próximos anos. Portanto, na prática, o PT já adota, por debaixo dos panos, o financiamento público de campanha. O que ele quer é impedir que as empresas que defendem o capitalismo, a propriedade privada, o lucro, a liberdade de imprensa, entre outros valores, possam contribuir, com o seu dinheiro, para as campanhas de candidatos que apóiem estas teses. O PT quer matar os adversários à míngua.  Para o partido dos trambiqueiros, nada muda com a adoção do financiamento público de campanha. Foi com dinheiro público que eles reelegeram Lula. Foi com dinheiro público que eles elegeram Dilma. É com dinheiro público que eles vão sair por aí erguendo esta falsa bandeira da ética, enquanto metem a mão no bolso do brasileiro. O PT é o partido do Mensalão, do DNIT e de todas as mazelas e malfeitos do país. Que a oposição jogue logo na lama esta bandeira que o PT cinicamente quer levantar.

Para aqueles que acham que o problema esta no apoio das empresas dentro da lei a candidatos
1) Países que proíbem doações empresariais estão entre os mais corruptos do mundo
O Paraguai proíbe doações de empresas a campanhas políticas. Isso significa que o Paraguai é um país livre de corrupção? Bem, é o contrário: ele está 150º lugar no índice de percepção da corrupção da Transparência Internacional (o Brasil está bem melhor no índice, em 64º lugar). Doações de empresas também são proibidas no México, Colômbia, Peru e Egito, que também estão pior no ranking que o Brasil.
O Butão, o único país do mundo que adota o modelo proposto pelo PT de financiamento 100% público de campanha, está em 30º lugar. Menos corrupto que o Brasil, é verdade, porém mais corrupto que diversos outros países que autorizam doações privadas.
2) Em países onde a corrupção é pequena, o financiamento privado é permitido
A Suíça é um dos países menos corruptos do mundo – o quinto país com menor percepção de corrupção de acordo com a Transparência Internacional. Financiamento 100% público de campanha? Longe disso. Na verdade, o financiamento da política suíça é completamente privado e sem transparência alguma. Não existe lei federal obrigando os partidos prestarem contas. Apenas dois dos 26 cantões editaram leis sobre o assunto, e apesar de discussões ocorrerem, não existe nenhuma movimentação real para mudar a lei.
3) Doações de empresas a políticos já foram proibidas no Brasil e o resultado foi mais corrupção
Durante toda a ditadura militar, empresas não poderiam doar a partidos políticos – um claro golpe para asfixiar os movimentos de oposição ao regime. A proibição só caiu depois de 1993, quando ficou óbvio que a regra surtia o efeito contrário, criando incentivos para a criação de caixa 2 e outras práticas corruptas.
4) As pessoas não devem ser obrigadas a doar dinheiro a partidos com os quais não concordam nem ser proibidas a doar aos partidos que preferem
Quem dá importância à liberdade dos cidadãos concorda que não é correto obrigá-los a financiar partidos – o que na prática acontece quando se impõe um fundo partidário. Um militante comunista não deve ser obrigado a contribuir com um político liberal, e vice-versa.
Do mesmo modo, se as pessoas acham por bem doar seu próprio dinheiro a um partido ou uma organização, não devem ser impedidas a isso numa sociedade que dá importância à liberdade individual. Na Holanda, os partidos colhem assinaturas mensais de seus apoiadores – medida que não será possível no Brasil se o financiamento privado for proibido.
5) O financiamento 100% público será uma festa para Levy Fidelix aquele quer o Aerotrem ligando a casa dele ao primeiro Shopping.
Quanto mais dinheiro a saber nossos impostos estiver disponível no fundo partidário, maior será o incentivo para a criação de partidos sem ideologia, sem eleitores e sem interesse em vencer eleições. Será a festa de Levy Fidelix e demais políticos que só mantém partidos porque todos os anos ganham uma bolada do fundo partidário. Até que há aí uma boa notícia: o horário político ficará ainda mais bizarro e divertido.

                                                                         


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