Saias para homens? Movimento prega o fim da “ditadura das calças”
Movimento de homens que defendem "a libertação
do guarda-roupa masculino", exigindo o direito de livrar-se da
"ditadura das calças"’ e adotar saias como peça de vestuário.
Saias para homens - Feminismo masculino?
Feminismo para homens? Não seria o fim do mundo?
Desde tempos imemoriais, a igualdade total tem sido
o grito de guerra (ou de revolta) daqueles que se insurgem contra a obra do
Criador, toda ela feita de seres desiguais. Utilizam por vezes, matreiramente,
certas desigualdades econômicas exageradas como pretexto para combater toda e qualquer
desigualdade.
A harmonia e a beleza da criação está
exatamente na desigualdade, desde que proporcionada e harmônica. Isto vale também para a música, para a pintura e
para tudo quanto o ser humano é capaz de fazer. Nada mais sem graça e sem
interesse do que a monotonia de uma igualdade que se repete sem nada de novo. O
igualitarismo é a morte da civilização e da cultura. Isto vale também para a
indumentária.
Depois de o movimento feminista ter reivindicado
que as mulheres deveriam usar trajes masculinos, surgiu uma nova onda, buscando
fazer com que os homens usem saias.
Não entenderia bem as coisas quem se limitasse a
rir desse fato, como se ele traduzisse apenas a manifestação de excêntricos ou
homens efeminados. O aspecto ridículo existe, é fora de dúvida, mas o
pior é a doutrina que se esconde por detrás, a qual nega as diferenças
evidentes entre homem e mulher. É mais uma aplicação prática da malfadada Ideologia de Gênero.
Tais ondas sempre começam aos poucos.
Na França, homens contra a “ditadura
das calças”
Já em 2008, na França, o jornal de esquerda
“Libération”, em sua edição de 14 de maio, noticiava a existência de um
movimento de “homens que defendem ‘a libertação do guarda-roupa
masculino’,exigindo o direito de livrar-se da ‘ditadura das calças’ e
adotar saias como peça de vestuário. É o que explicou Dominique Moreau, 39
anos, fundador e presidente da associação Homens de Saia, que já conta com
cerca de 30 membros”.
Segundo Moreau, “centenas de homens que há anos
manifestam sua vontade de abandonar as calças […] pedem direitos iguais, para
poder também vestir saias e vestidos ‘pelo conforto e pelo prazer’”.
Reivindicam o “direito de dispor plenamente do próprio corpo, nos moldes da
libertação feminina”.
Segundo Jerome Salomé, “as saias são ‘mais
confortáveis, mais amplas’, não ‘restringem as partes íntimas,
e por isso são mais adequadas à fisionomia masculina’”…
Na Suécia, saias para operários
No mesmo ano, o jornal madrileno “ABC” (25-1-08)
noticiava que, “os operários de construção suecos usam saias. Trabalhadores
de qualquer idade apresentam-se em seus locais de trabalho com saiazinhas
azuis, até os joelhos, fabricadas com o mesmo tecido dos jeans, combinadas com
um paletó também azul ou um impermeável anorak. Assim vestidos, sobem nos
andaimes, assentam tijolos durante suas oito horas diárias, sem se incomodar
com os transeuntes.
“Esta saia para homens, recebeu o prêmio de Moda
da Teko, está sendo lançada pela Blåkläder [foto ao lado], uma empresa que
fabrica roupas para várias profissões. Situada em Svenljunga, na província de
Götaland, a companhia conta com 77 empregados e se vangloria de ser a melhor do
ramo. Desde 1959 confecciona uniformes de todos os tipos, inclusive para o
setor da Saúde e o Exército, com filiais em 10 países”.
As saias para operários “transformaram-se na
novidade mais cool [arrojada] e radical do ramo. Contém grandes bolsos
exteriores para as ferramentas e um bolso interno para objetos pessoais. São de
vários tamanhos”.
O jornal “ABC”, sem ir ao fundo do problema, aponta
entretanto a contradição aberrante: “É preciso reconhecer que fica esquisito
ver estes enormes vikings, tão másculos, alguns com barba,
bigode e uns bíceps dignos de um campeão de levantamento de peso, revestidos
com umas saiazinhas muito coquetes, veste que contribui, por certo, para tornar
seu caminhar mais sofisticado e gracioso”.
Ideologia de Gênero: negação da
desigualdade natural entre homem e mulher
As coisas andaram. Estamos em 2015.
Atualmente já existe uma loja virtual de moda
masculina que oferece saias para homens, bem como uma página do Facebook
especializada em fazer propaganda desse tipo de vestimenta para homens,
homenzinhos ou homenzarrões.
Ainda mais aberrante do que esse fato é a tentativa
de racionalização, por meio da Ideologia de Gênero, que nega por
princípio as desigualdades naturalmente existentes entre homem e mulher.
Objeções que não se sustentam: o kilt
e a batina
Alguém poderia objetar que é de uso comum, na
Escócia, o kilt, bem como, no Brasil, a batina que os clérigos usam (ou
usavam!).
A objeção não se sustenta e pode ser derrubada com
um piparote, dado que não se trata de indumentárias femininas, mas sim de
vestes tradicionais para homens, sem nenhuma conotação de efeminamento ou de
ridículo, muito menos de igualitarismo. Totalmente diferentes das saias que
agora querem impingir para homens, feitas para dissolver a identidade masculina
na feminina.
O kilt tem sua origem na roupa dos guerreiros
Vikings que conquistaram todo o norte da Europa, depois a Irlanda e a
Normandia. Veja-se este guerreiro Viking, usando kilt.
Enquanto a batina dos clérigos, como a dos
cruzados, remonta à época em que os homens usavam túnicas, sem qualquer
parentesco com as saias femininas. Foi usada por exemplo, pelos Cruzados,
guerreiros exímios.
Nunca é demais lembrar o ensinamento da Sagrada
Escritura: “A mulher não se vestirá de homem, nem o homem se vestirá de mulher,
e aquele que o fizer será abominável diante do Senhor, seu Deus” (Deut. 22,5).
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