A falência do Capitalismo de
Estado no Brasil
“O capitalismo nos fornecerá a
corda com que o enforcaremos.” – Vladimir Lenin
Desde que o Partido dos
Trabalhadores assumiu a presidência da república no ano de 2003, adotou uma
prática comum nos países emergentes: a prática do Capitalismo de Estado. Mas o
que é afinal esse tal de Capitalismo de Estado?
Capitalismo de Estado é nada mais
que o financiamento público ( uso de nossos impostos) a empresas privadas, buscando que essa empresa se
torne uma campeã nacional em sua área, ignorando a livre concorrência e o direito
de escolha do consumidor. Essas empresas vivem de lobby em busca de
financiamento estatal para as suas ações, que no caso brasileiro vem por
investimento via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e
de vitórias em licitações.
Desde 2003 vêm pipocando campeãs
nacionais em diversos setores. Graças à mão estatal e ao lobby, temos
capitalismo de estado desde lojas de varejo a grandes empreiteiras. De
frigoríficos a empresas de tecnologia e times de futebol. E o primeiro caso vem
do início do governo Lula.
O governo instaurou o programa
“Computador Para Todos”, que buscava baixar os preços via dedução fiscal para
empresas brasileiras de tecnologia. E a maior beneficiada dessa política foi a
Positivo Computadores. De uma pequena empresa, se tornou a gigante do setor de
informática no Brasil. Tudo com a mão do governo e de empréstimos gordos do
BNDES, e vem ganhando praticamente todas as licitações que envolvem compra de
computadores no nosso país depois de 2003.
Depois desse primeiro caso de
capitalismo de compadres, vem o segundo: com as grandes empreiteiras. Empresas
como Delta, Andrade Gutierrez,OAS e a própria Odebretch ganharam muito poder
depois de 2003 graças ao lobby feito em Brasília. Graças ao puxa-saquismo feito
com as grandes esferas de poder, essas empresas ganharam milhões em empréstimos
do BNDES e vários contratos de licitação de obras do governo. De estádios de
futebol a rodovias.
Mas talvez o caso mais
emblemático seja o de Eike Batista. O empresário carioca virou do dia para a
noite o maior empresário brasileiro e um dos homens mais ricos do mundo com o
seu conglomerado, o Grupo X. Graças também a muito lobby feito ao governo,
ganhando dinheiro público para financiar as ações de seu grupo. Porém, uma hora
se descobre tudo. Eike ganhou muito dinheiro com a especulação na Bolsa de
Valores de um dos braços do Grupo X, que atuava no mercado petrolífero. Porém,
os poços de petróleo explorados pelo grupo não tinham a capacidade que se
achava ter, tendo cerca de 20% do que se dizia. Foi a morte do empresário
criado pelo lobby do governo federal. O Grupo X foi à falência, Eike perdeu boa
parte de seu patrimônio e hoje corre risco de prisão.
Esse modelo vem à falência graças
à informação e ao renascimento das ideias liberais no Brasil. Muitas pessoas,
principalmente da esquerda mais radical, dizem que o Capitalismo de Estado é o
verdadeiro capitalismo, que as empresas buscam se aliar ao governo em prol de
dinheiro e poder. Na verdade, é o contrário: esse formato é exatamente
antiliberal, pois tal prática é contra a livre-concorrência, o empreendedorismo
e a livre iniciativa. É contra a livre concorrência, pois a prática do
capitalismo corporativista gera monopólios com as imposições geradas
pós-benefício. Podemos perceber isso no exemplo do frigorífico JBS, dono das
marcas Friboi e Swift; com os benefícios ganhos via lobby, acabou tomando cerca
de 80% do mercado de carnes no Brasil.
O Capitalismo de Estado é contra
o empreendedorismo porque gera burocracias que desmotivam o empreendedor a
criar uma nova empresa e acabam por beneficiar quem já está ocupando aquele
nicho de mercado, normalmente quem está sendo beneficiado pela mão estatal. E
uma nação onde o empreendedorismo é desmotivado é uma nação que não cresce.
A Operação Lava Jato vem
mostrando a falência desse modelo de economia, mostrando a simbiose entre o
Governo Federal e empresas anti-mercado. Vemos políticos do alto escalão do
governo e empresários poderosos indo para a prisão. Espera-se que mais pessoas
envolvidas em crimes da operação sejam presas e se continue mostrando a nefasta
união entre governo e empresas monopolistas. Como citado no início desse texto
pela frase do bolchevique russo Lenin, os governos de agenda socialista buscam
se aliar a esse tipo de empresa para depois matarem todo o capitalismo, seja
ele livre ou de compadres.
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