O Brasil será outro país se e quando assuntos relevantes
forem discutidos nas campanhas eleitorais.
Não existe universidade grátis. Desde sempre nós brasileiros
pagamos pela universidade pública mesmo quando nela não temos filhos estudando.
Nosso sistema embute um absurdo: os pobres subsidiam a instrução de quem tem
renda e pode pagar. Pobres subsidiam ricos, quem não tem filhos subsidia quem
os tem, quem tem só um subsidia quem mais de um.
A universidade pode e deve ser paga, mas apenas pelo seu
usuário e não por toda a população, como ocorre hoje, que paga por ela via
impostos. Minha proposta é um mecanismo simples e eficiente de cobrar de todos
os usuários e de facilitar o acesso dos mais pobres. O ovo de Colombo é a
declaração de imposto de renda.
A declaração de renda deveria e poderia ser o instrumento
para se definir o valor a ser pago pelo ensino público universitário e
facilitar o acesso gratuito dos mais pobres. Assim, as universidades públicas
teriam sempre um preço determinado, um preço “de tabela” e, de conformidade com
a renda declarada, seriam concedidos descontos sobre esse preço. Dependendo da
faixa de renda do usuário (ou de seus pais), seriam cobrados preços diferentes,
sendo esses preços estabelecidos por um abatimento sobre o preço integral.
Como mero exemplo, cinco faixas de renda pagariam 100% do
preço, 70% do preço, 50% do preço, 20% do preço e preço zero. O rico teria que
pagar 100% do preço de tabela e o muito pobre nada pagaria durante o curso.
Ou seja a proposta mantém a exigência igual para todos no exame
vestibular, ou ENEM, que é a única forma de acesso pelo mérito, e beneficiaria
os aprovados de renda mais baixa de maneira muito mais justa do que as cotas.
Vejam abaixo o que uma universidade pública de Maringá no Paraná apresenta como trabalho de pesquisa em ciências humanas, e me digam se tem ou não tem que privatizar todas as Universidade Públicas.
Se a
universidade fosse comparada a uma prostituta, ela seria aquela garota que,
além de não ser bonita e custar caro, não desempenharia muito bem seu papel.
Isso porque apesar de pagarmos as universidades públicas, “não existe almoço
grátis” , grande parte das pesquisas é desnecessária. E aqui me refiro particularmente
às Ciências Humanas.
SIM, ESTA É UMA PESQUISA FINANCIADA COM DINHEIRO PÚBLICO,
ISTO É, COM O seu dinheiro. O
intragável dessas “pesquisas” é que elas sempre querem salvar alguém e
invariavelmente têm como intuito “problematizar” algo cujo resultado, nessas
condições, é óbvio: as mulheres são “vítimas” do “machismo” e do
“patriarcalismo”.
Outra coisa,
as autoras escrevem: “somos todas putas”. Pergunto: todas quem? Se as jovens acadêmicas
querem seguir carreira no feminismo, não generalizar as mulheres seria um bom
começo. Além disso, sugiro que na próxima semana da História as garotas
apresentem a comunicação intitulada “Somos todos otários: a figura do otário
como financiador da militância”. A conclusão também pode ser prevista, afinal,
somos todos otários.
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