quinta-feira, 2 de março de 2017

Pagamos pela universidade pública, mesmo quando nela não temos filhos estudando.

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O Brasil será outro país se e quando assuntos relevantes forem discutidos nas campanhas eleitorais.

Não existe universidade grátis. Desde sempre nós brasileiros pagamos pela universidade pública mesmo quando nela não temos filhos estudando. Nosso sistema embute um absurdo: os pobres subsidiam a instrução de quem tem renda e pode pagar. Pobres subsidiam ricos, quem não tem filhos subsidia quem os tem, quem tem só um subsidia quem mais de um.

A universidade pode e deve ser paga, mas apenas pelo seu usuário e não por toda a população, como ocorre hoje, que paga por ela via impostos. Minha proposta é um mecanismo simples e eficiente de cobrar de todos os usuários e de facilitar o acesso dos mais pobres. O ovo de Colombo é a declaração de imposto de renda.

A declaração de renda deveria e poderia ser o instrumento para se definir o valor a ser pago pelo ensino público universitário e facilitar o acesso gratuito dos mais pobres. Assim, as universidades públicas teriam sempre um preço determinado, um preço “de tabela” e, de conformidade com a renda declarada, seriam concedidos descontos sobre esse preço. Dependendo da faixa de renda do usuário (ou de seus pais), seriam cobrados preços diferentes, sendo esses preços estabelecidos por um abatimento sobre o preço integral.

Como mero exemplo, cinco faixas de renda pagariam 100% do preço, 70% do preço, 50% do preço, 20% do preço e preço zero. O rico teria que pagar 100% do preço de tabela e o muito pobre nada pagaria durante o curso.

Ou seja a proposta mantém a exigência igual para todos no exame vestibular, ou ENEM, que é a única forma de acesso pelo mérito, e beneficiaria os aprovados de renda mais baixa de maneira muito mais justa do que as cotas.


Vejam abaixo o que uma universidade pública de Maringá no Paraná apresenta como trabalho de pesquisa em ciências humanas, e me digam se tem ou não tem que privatizar todas as Universidade Públicas.

Se a universidade fosse comparada a uma prostituta, ela seria aquela garota que, além de não ser bonita e custar caro, não desempenharia muito bem seu papel. Isso porque apesar de pagarmos as universidades públicas, “não existe almoço grátis” , grande parte das pesquisas é desnecessária. E aqui me refiro particularmente às Ciências Humanas.


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SIM, ESTA É UMA PESQUISA FINANCIADA COM DINHEIRO PÚBLICO, ISTO É, COM O seu dinheiro. O intragável dessas “pesquisas” é que elas sempre querem salvar alguém e invariavelmente têm como intuito “problematizar” algo cujo resultado, nessas condições, é óbvio: as mulheres são “vítimas” do “machismo” e do “patriarcalismo”.

Outra coisa, as autoras escrevem: “somos todas putas”. Pergunto: todas quem? Se as jovens acadêmicas querem seguir carreira no feminismo, não generalizar as mulheres seria um bom começo. Além disso, sugiro que na próxima semana da História as garotas apresentem a comunicação intitulada “Somos todos otários: a figura do otário como financiador da militância”. A conclusão também pode ser prevista, afinal, somos todos otários.

                                                                 




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