quarta-feira, 22 de março de 2017

Os cinco elementos do estado oculto brasileiro


                                                       




Os cinco elementos do estado oculto brasileiro
No Brasil, o estado oculto é composto majoritariamente por cinco classes principais: os empresários que não querem concorrência; as empreiteiras que querem se fartar em dinheiro de impostos por meio de obras públicas; os sindicatos que se opõem à produtividade; os reguladores e burocratas que impingem as legislações; e os políticos que visam apenas ao curto prazo.
Estes são os cinco grupos de poder que formam o estado oculto. São eles quem, por meio de lobby, propinas e subornos, fazem com que políticos aprovem leis e implantem políticas públicas — tudo com a anuência de reguladores e burocratas — que lhes beneficiem, tanto legal quanto ilegalmente.
O cardápio vai desde a imposição de tarifas de importação, de subsídios diretos e de regulamentações que irão dificultar a entrada de novos concorrentes em um mercado específico (tudo isso beneficiando os empresários que não querem concorrência) até a criação de uma emenda orçamentária que irá beneficiar alguma empreiteira que será agraciada com a concessão de alguma obra pública. 
Passa também pelas fraudes em licitações e pelo superfaturamento (com o dinheiro de impostos) em obras de empreiteiras, ambos conseguidos em troca de propinas para políticos.
E não nos esqueçamos também dos privilégios sindicais garantidos pelo governo. Além de serem verdadeiros monopólios protegidos pelo estado, graças à unicidade sindical, sindicatos são financiados compulsoriamente com dinheiro público, por meio do Imposto Sindical. Vale ressaltar que, embora ninguém seja obrigado a se filiar a um sindicato, todos os trabalhadores são obrigados por lei a contribuir anualmente com o imposto sindical. Há o desconto em folha do trabalhador, mesmo que ele não seja filiado, tampouco se sinta representado por seu sindicato de classe. Os valores movimentados pelo Imposto Sindical chegam a R$ 3 bilhões por ano. Uma mamata para os sindicalistas. E bancada pelos trabalhadores.
A esmagadora maioria das políticas públicas implantadas no país visa à satisfação de algum desses grupos de interesse — ou à satisfação dos próprios políticos, burocratas e reguladores.
A Lava-Jato é a teoria levada à prática
Sempre que se cria um ambiente de relações estreitas entre, de um lado, os membros do governo (políticos, burocratas e reguladores) e, de outro, grupos de interesse política e economicamente favorecidos pelo governo (empresários anti-concorrência, empreiteiras de olho em obras públicas, e sindicatos), ocorre um fenômeno inevitável: todas as relações políticas passam a ser pautadas pelo famoso lema do "quem quer rir tem de fazer rir".
Para que políticos, burocratas e reguladores favoreçam determinados grupos de interesse, estes têm de apresentar agrados em troca. Trata-se de uma lógica que faz com que os negócios envolvendo o governo estejam em patamar de equivalência às práticas das tradicionais máfias.
Rigorosamente, os agentes do governo se valem destes privilégios (legais e ilegais) conferidos aos grupos de interesse e se apropriam — formalmente ou informalmente — de uma fatia da renda extraída da população para o benefício próprio.  Dito de outra forma, os agentes do governo exigem sua fatia do bolo: já que o governo está utilizando dinheiro de impostos para beneficiar grupos de interesse, então os agentes do governo que supervisionam esse processo também querem se dar bem nesse arranjo.
Os escândalos revelados pela Lava-Jato explicitam na prática toda essa teoria. A Lava-Jato nada mais é do que a investigação dessa ligação e associação entre, de um lado, as grandes empreiteiras e os grandes grupos empresariais e, de outro, os parasitas que integram a esfera regulatória federal: o que envolve desde burocratas de secretarias até membros do governo executivo, passando pelos integrantes do parlamento, legisladores, integrantes da magistratura, partidos políticos, e órgãos de fiscalização e polícia.
A Lava-Jato consiste na revelação do jogo de bastidores, das propinas, dos desvios de verba, do financiamento ilícito, da lavagem de dinheiro, da superfatura, das empresas fantasmas, dos esquemas de favorecimento de políticos, da apropriação dos recursos públicos e de favores imorais, buscando, ao mesmo tempo, perpetuar grupos de empresas nacionais, pelegos políticos e funcionários públicos corruptos.
Conclusão
Estes cinco grupos que formam o estado oculto estão no comando do país. Eles se fartam do sistema estatista vigente, o qual instaurou uma ordem social pautada na corrupção.
Enquanto a população continuar na defesa de um estado agigantado e onipresente, que em tudo intervém e de todos cuida, essa realidade não será alterada.
Só há uma única maneira de abolir, em definitivo, o estado oculto e toda a corrupção, os grupos de interesse e os lobbies empresariais que ele fomenta: reduzir ao máximo o tamanho do estado. Com estado grande, intervencionista e ultra-regulador, lobbies, grupos de interesse e subornos empresariais sempre serão a regra.
Mas quem realmente defende isso?
Defensores do estado agigantado são os fomentadores do estado oculto que realmente governa o país.
Observação:No Brasil, , o gasto público nas três esferas de governo chegou a estar em 10% do PIB na década de 1920, e fechou em 41% do PIB em 2016. Ou seja, os gastos estatais se multiplicaram por 4,1 em 90 anos e somos nós com nossos impostos que sustentamos isso.
                          Impecáveis credenciais democráticas. 
                                                      

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