segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Uma promessa que não deu certo Venezuela

                                                                                 


A espiral decadente da economia venezuelana começou de fato quando Hugo Chávez decidiu impor seu "socialismo moreno" ao país, uma excentricidade que, à época, chegou a ser relativamente bem recebida por vários setores da grande mídia que irrigadas por publicidade oficial la e nos paises amigos apoiaram .  Durante anos, a Venezuela manteve um volumoso programa de gastos sociais? ( os bolsas famílias da vida) combinado com controles de preços e salários e com um mercado de trabalho extremamente rígido ( leis trabalhistas onerosas para o empresariado), além de manter, como política externa, uma agressiva estratégia de ajuda internacional voltada majoritariamente para Cuba.  Todo este insano castelo de cartas conseguiu se manter solvente por um bom tempo unicamente por causa das receitas do petróleo.
Mas à medida que os custos deste populismo foram crescendo, o país teve de recorrer com cada vez mais frequência aos cofres da estatal petrolífera PDVSA ( a Petrobrás deles) e à impressora do dinheiro do Banco Central da Venezuela.  Isso resultou em um declínio contínuo do valor do bolívar — um declínio que se acelerou ainda mais após começarem a surgir notícias sobre o crítico estado de saúde de Hugo Chávez.
A morte de Chávez, no dia 5 de março de 2013, gerou um abalo sísmico em toda a economia venezuelana.  De maneira nada surpreendente, desde que seu sucessor Maduro assumiu o controle do país, o castelo de cartas venezuelano começou a desmoronar.  A taxa de câmbio do bolívar no mercado paralelo ilustra bem essa história.  Desde a morte de Chávez até novembro de 2015, o bolívar já perdeu 64,5% de seu valor em relação ao dólar 
Essa acentuada desvalorização do bolívar, por sua vez, gerou uma extremamente alta inflação de preços na Venezuela.  Para economias altamente estatizadas, a desvalorização de uma moeda no mercado paralelo é o mensurador que melhor estima o real valor dessa moeda.  Com este mensurador, é possível inferir que a inflação de preços "reprimida" na Venezuela está atualmente nos três dígitos, alcançando o estonteante valor anual de 297%.
O governo reagiu exatamente como todos os governos populistas reagem aos aumentos de preços causados por suas próprias políticas: impondo controle de preços cada vez mais rígidos.  Obviamente, estas políticas não apenas fracassaram completamente, como geraram um grande desabastecimento nos supermercados e uma constrangedora escassez de vários produtos essenciais, como papel higiênico. 
De fato, o próprio Banco Central da Venezuela, aproximadamente 22,4% de todos os bens existentes no mercado simplesmente não mais estão disponíveis nas lojas e nos supermercados da Venezuela. 
Apesar dos congelamentos de preços e da escassez, nada foi feito para atacar a causa básica das aflições inflacionárias da Venezuela, que é o descontrole da oferta monetária ( impressão de dinheiro e crédito).
O governo Maduro reagiu a tudo isso recorrendo exatamente às mesmas táticas empregadas por outros regimes totalitários e com moedas destroçadas.  Do Zimbábue de Robert Mugabe à Coréia do Norte atual e porque não do Brasil do PT, o manual é simples: negar e enganar.alguma semelhança com o Brasil e seus cúmplices na mídia ?
Com efeito, vejo no Financial Times em editorial diz: "Como eles acreditam nisso"? Mas a resposta é cristalina: os censores venezuelanos são muito eficazes.  Talvez não tanto quanto os censores chineses, mas ainda assim eficazes.  Os jornalistas lotados em Caracas dizem que as agências de notícias já fazem voluntariamente todo o trabalho de auto-censura em prol do governo, pois querem evitar que seus jornalistas em Caracas sejam expulsos do país.
O problema é que, ao menos na Venezuela, tais políticas não são novidade nenhuma.  Há anos o governo controla os preços de vários bens.  Por exemplo, o preço do galão da gasolina prêmio está congelado em US$0,058, o que faz com que um galão de gasolina seja mais barato que um galão de água potável em Caracas.
Além da escassez, controles de preços podem levar a consequências políticas não imaginadas.  Uma vez que os controles de preços são implementados, é muito difícil revogá-los sem que isso gere inquietação popular, quando Carlos Andres Perez um liberal cristão tentou revogar o congelamento o povo venezuelano reagiu querendo molezinhas subsidiadas.
Embora o congelamento mantenha os preços dos bens em níveis ostensivamente baixos no mercado oficial, eles inevitavelmente geram prateleiras vazias, privando vários consumidores de ter acesso a bens essenciais.  Controle de preços em conjunto com uma regulação da margem de lucro não pode gerar outra coisa senão o desabastecimento.
O governo venezuelano alega que a alta inflação de preços e o desabastecimento generalizado de produtos básicos são resultado tanto de uma "guerra econômica" feita pelos EUA quanto de maquinações maquiavélicas da "classe burguesa parasítica" da Venezuela.  Por isso, Maduro começou a mobilizar suas tropas contra estes "inimigos" e passou a encarcerar todos os comerciantes que pudessem ser enquadrados no crime de "usura" e "extorsão". ou seja  mais um entre tantos insanos nascido neste continente?
Essa escolha entre preço "justo" e encarceramento é agora a norma para os empreendedores da Venezuela.  Herbert Garcia, um funcionário socialista chefe do Alto Comissariado para a Defesa Popular da Economia, disse a seguinte sandice "Temos de garantir que todas as pessoas tenham uma TV de plasma e uma geladeira de última geração".
Comprovando sua ignorância econômica, Maduro disse que o Banco Central venezuelano tem de estar mais atento às maquinações dos empresários do país e divagou: "Se estamos baixando os preços dos produtos em quase 100%, isso deveria impactar a taxa de inflação, não?"  É claro que não burro latino.  Enquanto o Banco Central continuar criando dinheiro para financiar o governo, a inflação de preços continuará subindo.  E ao ativamente estimular os saques aos comerciantes, o governo está deliberadamente desestabilizando a sociedade venezuelana , os latinos se suicidam nas urnas iludidos por promessas de conforto sem esforço da nisso.povos burros.
                                                                                                                      

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