As experiências históricas com o
socialismo jamais correspondem a "aquele" socialismo ao quais os
vendedores desta ideologia estão se referindo. Você refuga a tese apontando os
fracassos do socialismo e do comunismo (este definitivamente saiu do
vocabulário com vergonha do próprio nome), e os vendedores de ilusões o
interrompe para dizer que "aquilo" nunca foi o verdadeiro socialismo..
Sua principal sedução é assim apontada por Norberto Bobbio: “O socialismo é
cativante porque cada um pode idealizá-lo como desejar”.
A grande acusação que lançam
contra o capitalismo ou economia de mercado é a de ser um sistema que beneficia
os ricos e responde pela miséria do mundo. No entanto, se dermos uma olhada no
mapa da pobreza extrema do World Food Program, veremos que ela se concentra em
regiões e nações que não têm e nunca tiveram uma economia baseada na livre
iniciativa, no empreendedorismo. Não se conhece um único país cuja sociedade
tenha sido rica e que empobreceu devido à sua inserção no mercado global. Do
mesmo modo, não se conhece um único país cuja sociedade tenha evoluído
econômica, social e politicamente enquanto se manteve num ambiente de economia
estatizada e centralizada. Pelo viés oposto, os países europeus e asiáticos que
se libertaram do comunismo em fins do século passado e adotaram a economia de mercado
encontram-se, hoje, em diferentes mas ascendentes níveis de evolução econômica
e social. Tampouco se conhece uma única sociedade que, tendo vivido sob o
regime comunista e dele se libertado, manifeste desejo de retornar àquela
desgraceira.
O Estado é capaz de destruir qualquer sociedade. E também as
crises financeiras, a inflação e toda sorte de trapalhadas que o Estado moderno
tem realizado. É possível dizer que o Estado é, desde o Renascimento, o lobo do
homem. É para isso que existem Forças Armadas e polícias, para matar gente quando
a ocasião se apresenta. Diante de um agente estatal o indivíduo torna-se
insignificante, pois não está diante de um semelhante, mas da própria expressão
de uma encarnação demoníaca, que é puro poder mundano.
A face mais sinistra do Estado
pode ser um avião de caça-bombardeiro em missão de ataque. É ali representada
toda a expressão do poder estatal, sua força, seu poderio devastador. Mas a má ação estatal contra o homem está presente nos tempos de paz
também. Veja-se a política de controle de natalidade e a permissão legal para o
infanticídio que é o aborto. E também as políticas racistas que violentam a
natureza das coisas. As prisões são o signo de nosso tempo, cada vez mais
abarrotadas, humilhando seus “clientes” e tornando-os incapazes de vida em
sociedade. Ser prisioneiro do Estado é como dar um primeiro passo para a morte.
Nunca deixo de frisar que o
Estado “é” a sua burocracia. O uso do termo genérico de personifica o autor da
obra maligna. O agente estatal mesmo quando cumpre a lei pode praticar o mal,
pois nos últimos quinhentos anos o direito foi desconectado de sua fonte
natural. O Estado deixou de ter como fim o bem comum e passou a se mover pela
sua própria lógica. Essa é a origem das razões de Estado.
Além de perder toda conexão com o
sagrado, o Estado tornou-se um substitutivo das religiões, é a própria
expressão de uma religião materialista e ateia. A burocracia estatal é sua
classe sacerdotal ( seus funcionários públicos) e os balcões do Estado são os seus altares. São os agentes
dessa religião laica que pregam diuturnamente a laicidade do Estado, em ação
hipócrita e mentirosa. Os ateus querem ter o monopólio da expressão religiosa,
disfarçada de simples ação do Estado.
As urnas eletrônicas da para desconfiar.
As urnas eletrônicas da para desconfiar.
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